Era apenas um dia normal, em um sábado como todos os outros...era o que todos pensávamos. Nunca imaginariam o que estava por vir.
Cidade Hawkins, ou como todos dizem: A cidade "amaldiçoada". Ganhou essa "fama" graças às coisas bizarras que acontecem...
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Um dia havia se passado desde que entramos naquele hospital. Robin ainda não acordou e isso está deixando Nancy bem devastada. Emily disse que antes disso tudo, seu pai trabalhava em um hospital, então ela aprendeu algumas coisas e usou o que aprendeu para ajudar Robin, disse que a qualquer momento Robin iria acordar e por isso minha irmã não saiu do lado dela um segundo sequer, apenas esperando ela acordar.
Eu admiro o amor delas, é algo lindo, mágico, puro, genuíno e especial, um amor que só aumenta a cada dia que se passa. Antes eu não acreditava em almas gêmeas e essas baboseiras, mas... observando elas, tenho toda a certeza de que isso é real. Fico muito feliz por elas.
Paro em frente ao quarto e dou leves batidas na porta.
– Nancy? Estou entrando. - Abro a porta bem devagar e com cuidado para não derrubar a comida que segurava em uma mão. Vejo ela na cadeira ao lado da cama em que Robin estava.
Me aproximo em passos silenciosos e noto que Nancy estava dormindo, com os braços apoiados na cama e a cabeça por cima dos braços. Seu rosto estava molhado, acredito que estava chorando. Coloco a comida na cômoda e caminho até ela.
– Nancy. - Dou uma leve sacudida nela. - Nancy.
– Hm... - Murmura.
– Nancy, acorde. Se continuar nessa posição por muito tempo, ficará com dor nas costas. - Enxugo seu rosto delicadamente.
– Eu estou bem. - Com os olhos ainda fechados, ela começa a apalpar o colchão em busca de algo, após encontrar o que queria, segurou a mão da Robin e entrelaçou seus dedos nos dela.
– Nancy, eu trouxe comida. - Faço uma carícia em suas costas. - Trouxe um pedaço do bolo também..
– Bolo?
– É. Robin e Eddie prepararam para celebrar seu aniversário, mas tudo aconteceu e... - Respiro fundo. - Você precisa comer.
Ela abre os olhos e olha pra Robin, respira fundo, pega um pano e vai até o banheiro, voltando com o pano agora molhado. Se aproxima e passa delicadamente no rosto e pescoço dela.
– Poderia pegar as coisas que deixei ali na gaveta? Preciso fazer a troca dos curativos e limpar as feridas.
– Que tal você comer e descansar um pouco? Eu posso fazer isso pra você ou chamo a Emily. - Vou até o guarda-roupa e abro a gaveta que ela havia apontado, pegando o kit e remédios que encontramos no hospital.
– Não precisa.
– Nancy.
– Eu disse que não precisa. Ela irá acordar em breve. - Vejo ela fechar os olhos e se apoiar na parede.
– Você precisa comer. - Vou até ela. - Está sem comer nada a quase três dias.
– Mike, e---
– Não. - Guio ela até a cadeira novamente. - Eu vou chamar a Emily e você vai comer.
