Breath - Mestre Tul

Capítulo 3 Sem sentimentos.

A bela mansão da família Metthanan fica em um terreno espaçoso cercado por belos jardins e muros altos que a protegem dos olhos de forasteiros. Dentro da grande muralha ainda há um enorme espaço aberto que o chefe da família manteve, dando a entender que quer que seus filhos construam suas próprias casas no mesmo território. Mas esta magnífica mansão não era a mansão original que estava na família há décadas, mas sim uma que havia sido construída nos últimos anos.

– Pode ser que a princípio a avó não se sinta confortável na nova casa, pois não iremos para sua antiga residência porque não tem as condições necessárias para morar lá em seu estado atual. Mas neste há um elevador para a vovó e também uma rampa para cadeiras de rodas. Não será difícil para Kuhn Parr quando levar a vovó para respirar o ar fresco do jardim.

Neste momento, Tul estava sentado no banco do passageiro quando se virou para conversar com a velhinha no banco de trás, bem como com a enfermeira fisioterapeuta especial que cuidará dela e fará companhia.

– O quarto da vovó fica no térreo, enquanto o seu Kuhn Parr fica ao lado. Dessa forma, você não terá nenhum problema quando tiver que ir rapidamente.

O jovem se virou e sorriu para a enfermeira que era apenas alguns anos mais velha que ele, mas ainda assim a garota ruiva deu um rápido aceno de cabeça.

– Sim. Obrigado Kuhn Tul.

– Sou eu quem deveria estar agradecendo. Vendo que tem cuidado da minha avó por muitos anos. Não é verdade?

– Sim. Já faz vários anos.

A mulher assentiu com entusiasmo. Ela não imaginava que o herdeiro da prestigiosa família fosse tão amigável. Não como a velha ao lado, que apesar de ficar completamente imóvel ainda podia perceber uma atmosfera aterrorizante ao seu redor.

Desde o primeiro momento que começou a fazer o trabalho, também estava secretamente com medo dos olhos que olhavam para ela quando sabia que estava chateada, assim como sabia como deveria ser chamada... Kuhn Thanna.

O advogado que a contratou disse-lhe que só deveria chamá-la assim, caso contrário ela não ficaria nada feliz. No carro, apenas uma pessoa sabe o que é... Não. Há duas pessoas no carro que sabem, o que Tul está fazendo...

Quantas pessoas se atreveriam a rejeitar um homem de aparência gentil que mostra cortesia e educação, além de excelente situação financeira? Mesmo que a pessoa ainda seja um estudante. O servo que o tem vigiado não diz nada. Ele apenas encara a velha senhora, assim como o ódio em seus olhos enquanto ela encara o neto que odeia com todo o seu coração.

Tul sabe que a vovó odeia ver o rosto dele, então deliberadamente a irrita falando com a enfermeira. Até que ele percebe que ela está olhando para ela com os olhos cheios de interesse. E isso ficou ainda mais claro quando o carro de luxo entra na enorme mansão.

O olhar que ele vê nela parece bastante familiar. Olhos sedentos de ganância, os olhos que o pequeno Tul viu em sua madrasta e o tipo de olhar que ele viu em inúmeras jovens que se aproximaram de seu pai.

A própria ideia faz seus olhos mostrarem rejeição. No entanto, eles imediatamente mudaram para serem gentis quando a garota virou os olhos para olhar para ele e mostrar sua admiração pela beleza da mansão.

– Vamos lá ajude a vovó.

Depois de sair do carro, o jovem foi na frente para abrir a porta para a enfermeira que estava ocupada com um monte de aparelhos enquanto o criado ia pegar a cadeira de rodas e aprontá-la. Tul virou-se para olhar a enfermeira e gentilmente pegou seu braço, o que faz com que a pessoa que recebe ajuda saia facilmente do carro enquanto seus olhos lhe dão um olhar cheio de admiração.