Breath - Mestre Tul

Especial II

O Pequeno Phupha e Sr. HIN

– Nong'Phu, de agora em diante Gornhin virá aqui e estará conosco, filho.

– Olá Phu.

No início da conversa, Gornhin sentiu-se estressado, mas quando se sentou em frente ao menino Phupha, que tem um rosto doce e bochechas rosadas, o jovem percebeu que a atmosfera estava tão tensa que nem o vento aguentava e é que não só o filho do outro homem não se aproximou dele nem um pouco, mas também olhou para ele com olhos hostis até que se sentiu bastante atordoado.

E parte disso foi porque Tul lhe disse isso:

– Então Nong'Phu deve chamar para Hin, pai Hin. De acordo?

– Nong'Phu quer tomar sorvete.

Ele claramente discordou e não era só isso, mas Phupha também desviou o olhar desdenhosamente de Gornhin, subiu no colo de seu pai e falou como um pirralho mimado, para o qual Tul suspirou profundamente.

– Ainda não terminamos de falar.

– Nong'Phu quer tomar sorvete. - Repetiu o menino com teimosia, pois não entende por que seu pai quer que ele chame o outro homem de "pai", quando ele só tem um pai! Com a mãe dele é a mesma coisa, por que ela quer que eu chame o outro homem de 'pai'? Ele só tem um pai, e seu nome é Tul e será para sempre o único.

O menino pensou que enquanto seu aborrecimento podia ser lido em seu rosto.

– Você não quer que seu pai fique bravo, não é?

O menino escondeu o rosto, mas ainda apertou os lábios com força e lançou um olhar indignado para o homem, que estava sentado em seu lugar em silêncio.

Por que Nong'Phu deveria respeitar pessoas que ele nem conhece?

Phupha queria responder dessa forma, mas estar com P'Can com tanta frequência tornava o menino mais cuidadoso e era por isso que se P'Can não achasse sua maneira de falar correta, o P'Can batia na cabeça. Além disso, Ai'Tin nunca tinha ficado do lado dele até agora, então Phupha estava com medo de dizer isso.

Ai'Tin foi sequestrado por P'Can, sua mãe foi roubada por aquele homem de cabelo loiro. Agora que Phupha só tem seu pai, Phu não está disposto a entregá-lo a ninguém.

– Papai, você está me repreendendo? - O menino fez uma cara triste, abriu a boca, fingindo derramar lágrimas ao que Tul suspirou suavemente, balançando suavemente o filho de um lado para o outro.

– Se Nong'Phu for um bom menino, seu pai não ficará bravo.

– Nong'Phu é um bom menino, mas Nong' não precisa prestar homenagem a estranhos. Foi o que a vovó me disse.

– Então, entre o que seu pai e sua avó dizem, Nong'Phu prefere ser assim? - Phupha balançou a cabeça, olhou nos olhos de seu pai que ainda eram ferozes até que se virou e olhou para o outro homem que estava sentado em silêncio e que imediatamente levantou as mãos em homenagem.

– Olá.

– Bem, o que você vai fazer?

– Pai!

– Nong'Phu. - Tul olhou na direção em que o menino inclinou a cabeça.

– Oi - disse ele, mas não conseguiu levantar as mãos para prestar respeito a Gornhin.

– Bom rapaz. Então papai vai pedir para alguém trazer sorvete para você. - Tul disse isso gentilmente, mas quando o menino ia se levantar para seguir seu pai...