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Sexta, 19:20...

Luan!

João: E minha filha, como tá?- me olhou, brincando com o Lucas no colo.

Luan: Do mesmo jeito- neguei com a cabeça, ao ver seu olhar de decepção.

Gabriel: Eu vou dar uma comida de rabo nela, só deixa eu trombar aquela vagabunda- passou a mão na cabeça- ingrata do caralho!

Luana: Deve ser de família ser sem caráter, né?- provocou- eu fiquei sabendo que você pegou a Flavinha.

Flavinha era uma mina que a Luana tinha birra, não suportava a menor desde pequena.

Gabriel: Ih, despousa- riu, bagunçando os cabelos da sobrinha.

Luana: Mamãe tá me ligando- olhou pro celular, que tocava.

Luan: Vamo embora, antes que ela surte de novo- revirei meus olhos, pegando o Lucas- até mais, meu velho- fiz toque com o sogrinho.

João: Se a Giovanna fizer graça, você me chama que eu vou lá dar uma coça nela- avisou.

Luana: Vô, o senhor vai pro salão amanhã?- me seguiu até a porta.

João: Vou sim- balançou a cabeça, oq me fez sorrir.

Depois que a Giovanna surtou, quem assumiu a frente do salão foi a Luana e o seu João.

Seu João comanda a contabilidade, essas parada. E a Luana fica na parte bruta do bagulho, direcionando as outras funcionárias, atendendo cliente e essas coisas.

Mó orgulho da minha menor, tá na batalha desde cedo.

Nem passei pra buscar a Giovanna, só mandei mensagem avisando que já tava na festa e desliguei o celular.

Namoral? Não queria nada ir pra esse inferno!

Desci o morro na paz e estacionei perto da casa da Kauane, descendo do carro com o Lucas na colo e a Luana grudada no meu braço.

Abracei ela de lado e adentramos a casa, que mais parecia um puteiro.

Tinha um palco onde algumas garotas dançavam funk com uns shorts minúsculos, um pole dance e as luzes eram todas vermelhas.

Luan: Não sai de perto de mim- avisei pra Luana.

Senti um puxão no meu braço e me virei bolado, encarando a Giovanna.

Giovanna: Quem você tá pensando que é, Luan? Pra não ir me buscar! Tá metendo o louco?- empurrou meu ombro.

Luan: Tem duas perna aí que sabe andar muito bem, né não?- sorri irônico- sou teu motorista não, caralho.

Giovanna: Foda-se! Você tinha a obrigação de me buscar- gritou por cima do som alto.

Luan: Me irrita não, Giovanna, pra eu não te fazer passar vergonha aqui na frente de geral- apertei o maxilar dela, empurrando ela pra trás.

Dei as costas, já notando que todos nos olhavam e puxei a Luana pra sentar em umas cadeiras no canto da sala.
...

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