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Sexta, 14:00...

Luan!

Rafaela: Ox, não é o Lucas?- forçou a vista, olhando pra trás de mim.

Olhei também, avistando um vapor com meu filho no colo, se aproximando.

- Chefe, o G3 pediu pra deixar ele contigo aí, na disciplina- me entregou o pirralho.

Rafaela: Obrigado- sorriu gentil pro mano, que olhava pro corpo dela na mó caruda.

Luan: Teu salário serve pra tu comer puta e não precisar cobiçar minha mulher, comédia. Vira a cara!- resmunguei e ele saiu todo sem graça.

Rafaela: Sua mulher, Luan? Desde quando?- colocou as mãos na cintura.

Luan: Se tu perguntar, perde a graça- desviei o olhar, voltando minha atenção pro Lucas.

Lucas: Mole!- ele resmungou.

Luan: É, filhão! Oq ela quer, tá mole- brinquei.

Rafaela: Você é tão engraçadinho- sorriu falso, abrindo a garrafa de água- bebe, neném!- abaixou, dando água pro meu filho.

Luan: Tu nessa posição fica um espetáculo!

Rafaela: Não perde uma oportunidade, né?- revirou os olhos- tira essa camisa dele, tá muito calor!

Fiz oq ela pediu, deixando o Lucas só de bermuda.

Luan: Gatão do pai- sorri, ajeitando ele no meu colo.

Rafaela: Vou levar ele na água, você vem?- assenti, observando ela pegar meu filho no colo.

Agarrei a cintura dela e a puxei pra andar coladinha em mim, oq a fez reclamar.

Luan: Fica quieta- resmunguei.

Rafaela: Então me larga- me olhou.

Sorri de lado.

Luan: Não!

Ela saiu correndo com o Luan no colo, se jogando na água com ele.

Revirei meus olhos, dando risada dessa criancice dela.

Rafaela: Você anda igual uma lesma!- deu língua.

Luan: Tu é insuportável, mina. Namoral!- me aproximei, puxando o cabelo dela.

Ela tombou a cabeça pra trás, rindo.

Lucas: Papa, papa- ele me olhava assustado, com os cabelos molhados caindo na testa.

Luan: Calma, filhão. É só água- passei a mão no rosto dele, como se ele estivesse me entendendo.

Ele agarrou minha mão e levou até a boca, chupando meu dedo.

Rafaela: Devia ter trago a Maitê- fez bico.

Luan: Pra que? Mó chata, só sabe ficar falando "ué"- fiz careta, recebendo um tapa no braço- ai! Eu tô brincando, tua cria é mó maneira- sorri falso.

Ela me deu dedo, virando de costas pra mim e mandando eu ir me fuder.

O nosso dia foi uma delícia. Nós conversamos muito, sobre tudo!

Eu me sentia bem, ao lado dela. Tinha muito tempo que eu não me sentia assim, em paz e eu gostava dessa sensação boa que ela me trazia.
...

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