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Segunda, 22:40.

Luan!

Julia: Sou Julia, muito prazer- sorriu, esticando a mão- sabia que sua namoradinha dá por dinheiro? É prostituta! Ela te cobrou quanto?

Luan: Quem te deu intimidade pra tá falando com a mina desse jeito? Se liga, rapá! Sem tempo nenhum pra perder com vagabunda- neguei com a cabeça, dando uma golada na minha água.

Julia: Nós somos amigas- sorriu falso- né, Gi?- abraçou a mesma de lado.

Giovanna: Sai fora, Julia! Não fode- empurrou a mesma.

Liandra: Oq essa feia quer aqui? Cisca pra lá, galinhada- apareceu com o batom todo borrado, despejando todo o copo de bebida nas meninas- deixa minha amiga em paz.

Julia: Ai, sua sem noção- passou a mão no vestido, que estava todo molhado de bebida- você não vai fazer nada?- me olhou, brava.

Ox.

Luan: Tu quer que eu faça oq, fia? Se situa e some daqui- dei as costas.

Olhei em volta, notando a falta da Giovanna.

Liandra: Cadê minha amiga?- me olhou preocupada.

Luan: Eu vou atrás dela- avisei- segue teu baile aí, muita fé!- fiz toque com ela, já caminhando na direção da minha moto.

Passei a mão na nuca, ainda tentando entender a parada que a mina lá falou.

"É prostituta!"

Será que a mina é esse b.o memo?

Julia: Cansou da sem mãe e veio ficar comigo, é?- sorriu, assim que passei por ela.

Luan: Se enxerga, caralho- nem dei atenção, já montando na minha moto e dando partida.

Julia: Se cansar dela, vem atrás de mim. Gostoso!- gritou.

Revirei os olhos, descendo a favela.

Fui entrando de viela em viela, de beco em beco, de rua em rua atrás da maluca.

Dei risada ao ver um casal trepando em um beco.

Luan: Vai pro motel, porra- gritei, passando por eles.

Mó loirinha gostosa.

Não encontrando a Giovanna em lugar nenhum, mandei mensagem.

Não demorei pra receber sua resposta, avisando que estava em casa.

"Vim pra casa, pode vir pra se quiser. A porta aberta, é entrar"

Dei uma risadinha, já imaginando que ela me esperava só de calcinha deitada na cama.

Quando entrei na casa, fui andando calmamente atrás dela.

Isso é considerado invasão?

A porta de um dos quartos estava aberta, e ela tava sentada em uma cadeira ao lado da cama, acariciando o rosto do senhor que dormia calmamente.
...


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