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Sexta, 19:03...

Luan!

Luana: Pai, tô indo alí no vô rapidinho. Tá? O tio Biel tá vindo me buscar- entrou no meu quarto com o celular na mão e um sorriso falso no rosto.

Dei risada.

Luan: Tá sussa, vai lá- balancei a cabeça, terminando de calçar meu tênis.

Giovanna: Não vai pedir permissão pra mim, Luana?- levantou a cabeça, tirando a atenção da maquiagem.

Luana: Tchau, pai- assobiou, saindo.

Giovanna: Você tá vendo como ela é, né? E é tudo culpa sua- balançou a cabeça.

Olhei pro meu filho todo arrumado deitado na cama e sorri, vendo como eu tinha deixado ele lindo.

Odiava ver a Luana destratando a mãe, mas eu não posso obrigar minha filha a idolatrar uma pessoa que só faz mal pra gente!

Desci as escadas com o Lucas no colo e saí de casa, colocando ele na cadeirinha do carro.

Fui descendo a comunidade em direção a casa do meu sogrinho.

Ah, o seu João...como eu sou grato por tudo que esse homem faz por nós!

Graças ao tráfico, eu consegui pagar um tratamento de primeira e ele se curou do câncer alguns anos atrás.

O homem tá 0km.

Luan: Que palhaçada é essa aí?- brinquei estacionando o carro, ao ver a Luana abraçada no Pedrinho.

Pedrinho é moleque sangue bom, boto mó fé que um dia ele e Luana vão namorar, casar e pá.

Papo de felizes pra sempre e os caralho.

Pedro: Eae, Luan- sorriu pra mim, acariciando o cabelo da minha filha.

Ele era muito amiguinho do Gabriel quando eu e a Giovanna nos casamos, então ele vivia lá em casa. Ele e o Gabriel sempre cuidaram e protegeram a Lua, e mesmo com o passar dos anos, eles nunca deixaram de frequentar nossa casa. Só o Gabriel que se rebeldiou uns anos atrás e se afastou um pouco dos dois, pra focar mais no tráfico.

Hoje em dia a Lua e o Pedro são inseparáveis, onde um vai o outro tá atrás. Dizem que se consideram como irmãos.

Meu piru!

É casal e já era, meu parceiro.

...

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