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DULCE

HOUVE UM BREVE descanso na tensão substancial entre mim e Christopher quando ele foi para o escritório e eu fui para o quarto para desempacotar. Havia dois closets – um completamente vazio com prateleiras, gavetas e muito espaço para pendurar minhas roupas.
Metade do banheiro estava igualmente pronto para minha ocupação temporária. Isso me fez pensar se ele sempre guardava suas coisas na metade esquerda do banheiro, ou se ele tinha aberto espaço para mim. Mas como estava quase na hora de dormir, eu fui ficando cada vez mais nervosa.
Fiquei olhando para o meu celular, meu desejo de mandar uma mensagem para Anahi e Maite em guerra com meu desejo de fingir que isso não estava começando a me assustar. No final, o surto ganhou, e eu mandei uma mensagem no grupo.

Eu: Eu estou aqui.
E desempacotei.
E agora, o que é que faço?
Maite: O que gostaria de fazer?
Anahi: Como é o banheiro?
Eu: O banheiro é lindo.
Por quê?
Anahi: Tem uma banheira?
Eu: Sim, uma bem grande.
Maite: O que o banheiro tem a ver?
Acho que Dulce está entediada, não precisando melhorar a higiene.
Anahi: Tome um banho de espuma.
Eu: Isso parece bom.
Maite: Boa ideia.
Anahi: Deixe a porta com uma pequena abertura e veja se ele espia.
Eu: Não!
Anahi: Por que não?
Vai ser divertido.
Leve seu celular.
Quero atualizações em tempo real.
Eu: Por que eu faria isso?
Anahi: Por que não faria isso?
Eu: Não está ajudando, Anahi.
Estou sentada na cama que tenho que dormir esta noite.
Com meu CHEFE.
Anahi: Você concordou com isso, E.
Banho de espuma.

Suspirei e larguei meu celular.
Um banho parecia uma boa ideia.
E a banheira dele era enorme.

Meu apartamento só tinha um chuveiro.
Não era sempre que eu podia tomar um banho longo e quente. Fui até a porta do quarto e me inclinei, ouvindo o que estava acontecendo do lado de fora. Ouvi Natália sair há mais de uma hora, e Richard parecia ter ido para a cama – ou pelo menos para o seu quarto. Christopher ainda estava em seu escritório, pelo visto. A sugestão de Anahi de um banho estava soando cada vez melhor. Eu precisava relaxar, ou nunca dormiria.
O banheiro era lindo. Azulejos cinza e azul. Toalhas brancas fofas. Tudo brilhava. Eu diminuí as luzes para ficar mais confortável. Tinha um regulador de luz, o que me fez pensar por que todos os banheiros não eram assim. Abri a torneira. Coloquei meu celular na borda ao lado da banheira. Claro que eu não ia deixar a porta aberta e enviar mensagens em tempo real para Anahi e Maite.

Isso era bobagem.

Só queria mexer no celular enquanto estava na banheira. Mas estava ficando muito quente com a água enchendo a banheira. Talvez deixar a porta aberta um pouquinho era uma boa ideia. Só para ter certeza de que não ficaria muito embaçado. Seria uma pena criar um problema de mofo neste lindo banheiro. Então deixei a porta aberta, tirei as minhas roupas e entrei na gloriosa banheira do Christopher. A água estava perfeita.
Eu me acomodei, deixando o calor se infiltrar em mim. Eu não tinha visto nenhum sal para banho de espuma e, honestamente, era um alívio.
Se Christopher tivesse sais, a única conclusão seria que uma de suas ex-namoradas tinha deixado aqui. Não havia nada de errado com um homem que gostava de banhos de espuma, mas ele não me parecia o tipo, então eu duvidei que fosse algo que ele manteria em seu banheiro. E apesar do fato de que isso era um fingimento, eu não gostava da ideia de encontrar traços de outra mulher aqui. Me chame de territorial, mas eu seria a única mulher na vida do meu namorado falso. Enquanto ainda estávamos fingindo, é claro. Meu celular vibrou com uma mensagem.

Anahi: Então?
Eu: Na banheira.
Nada dele.
Acho que está trabalhando.
Anahi: Chato.
Eu: O que você espera que eu faça?
Anahi: Você deixou a porta aberta um pouco?
Eu: Sim, mas só para que não ficasse muito quente. Maite: Mofo pode ser um sério risco para a saúde. Anahi: O que quer que te faça sentir melhor.

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