DULCE
EU LI O E-MAIL provavelmente pela décima vez, uma potente mistura de sentimentos borbulhando na minha barriga. Era de Cameron Whitbury, empresária e bilionária. E ela queria falar comigo sobre um trabalho. Cameron estava começando uma instituição de caridade. Seu e-mail falava sobre responsabilidade social e como usar sua riqueza para ajudar as pessoas. E como ela precisava de uma abordagem mais organizada para as doações de caridade. Ela poderia estar fazendo muito mais, mas sua agenda já estava cheia. Uma instituição de caridade permitiria a ela apoiar organizações que fazem um bom trabalho, iniciar programas de bolsas de estudo e financiar causas e pesquisas. E ela estava me considerando para o cargo de diretora executiva.
Ela encontrou meu perfil online e falou com alguns contatos locais sobre mim. Aparentemente, eu tinha uma ótima reputação. Nem tinha percebido que eu tinha uma reputação. Mas Christopher tinha, e eu trabalhei com muitas pessoas dentro e fora de sua empresa. Foi o suficiente para ela me abordar sobre seu novo empreendimento e perguntar se eu consideraria uma entrevista informal por telefone. Parecia uma oportunidade incrível. Eu gostava do meu trabalho – e era boa nisso –, mas seria incrível. Cuidava de todas as doações de caridade do Christopher, e essa era uma das melhores partes do meu trabalho. Seria um grande desafio, mas eu sabia que conseguiria.
A questão era: eu queria?
Um novo emprego significaria não trabalhar mais para o Christopher. Eu tinha sentimentos confusos sobre isso. Por um lado, era difícil imaginar uma mudança de emprego. Christopher e eu tínhamos uma boa rotina. Por outro lado, esta nova oportunidade tinha muito potencial. Claro, podia não conseguir o emprego, ela só queria uma entrevista por telefone. Uma entrevista informal. Já havia começado e apagado a resposta várias vezes. Uma entrevista por telefone não era um compromisso. Não havia nada de errado em falar com ela, apenas para obter mais informações. Mas não me senti bem em concordar com uma entrevista sem falar primeiro com Christopher. Ele estava em seu escritório – com uma fresta da porta aberta – e não tinha nada em sua agenda pelo resto do dia. Levantei e respirei fundo, alisando meu vestido, e fui para seu escritório. Bati meus dedos na porta algumas vezes.
— Oi. Posso falar com você um minuto?
Ele ergueu os olhos do notebook, e sua boca se curvou em um sorriso sutil.
— Claro.
Eu fechei a porta atrás de mim, enquanto ele me observava entrar e sentar do outro lado de sua mesa, um olhar de curiosidade em seu rosto.
— Estou um pouco decepcionado por você estar tão longe.
Deus, por que ele era tão sexy?
Esse sorrisinho.
Essas covinhas.
A mandíbula perfeita e boca deliciosa.Ele encostou-se à cadeira, sua postura toda calma e
confiante.— Desculpe, eu só... acho que deveríamos...
Como deveria falar sobre esse assunto?
Certamente era um problema de trabalho – chefe e assistente. Mas também envolvia nosso relacionamento pessoal, seja lá qual fosse agora.Devo abordar esse assunto como sua funcionária? Sua amiga?
Como a mulher com quem ele estava morando e dormindo?
A testa dele se franziu.— Está tudo bem?
— Sim.
Está tudo bem. — Eu coloquei meu cabelo para trás por cima do ombro.
— Recebi um e-mail para um emprego.
É o cargo de diretora executiva de uma instituição de caridade. É novo e estão procurando alguém para administrá-lo e, de alguma forma, me encontraram. E o e-mail apenas pergunta se eu estaria disposta a uma entrevista informal por telefone. Eles devem ter uma centena de candidatos neste momento, então as chances são de nem passar para a próxima fase. Mas não achei certo responder sem avisar você primeiro.
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PERFECT PROPOSAL - Vondy (Adaptação)
RomanceDulce Saviñón é um desastre amoroso ambulante, não consegue nem passar do primeiro encontro. Mas no trabalho, ela é maravilhosa. É a assistente do bilionário Christopher Uckermann que conseguiu permanecer mais tempo no cargo. Seus colegas se pergunt...