Epílogo Bônus.

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CHRISTOPHER

UMA BRISA FRESCA SOPROU da água, aliviando o calor tropical. Ajustei meus óculos de sol e tomei um gole da minha bebida. Era frutada, servida em uma casca de coco de verdade e tinha um guarda-chuva de papel no canto. Parecia ridícula, mas eu tinha que admitir que era muito boa.
Dulce vagava pela beira da água, mergulhando seus pezinhos lindos nas ondas. Seu biquíni amarelo – óbvio que era amarelo – parecia fantástico na sua pele bronzeada. Ela olhou por cima do ombro e sorriu. O sol não era páreo para Dulce, ela iluminava o mundo inteiro.
Meu mundo inteirinho.
Ela acenou para mim, depois andou um pouco mais, a água espirrando em seus tornozelos. Era uma ótima vista. O enorme céu tocando a água azul cristalina. A areia clara. E minha esposa de biquíni minúsculo, balançando a bunda para mim.
Perfeição.
A sensação do anel já era familiar, até mesmo uma semana depois do nosso casamento. Eu girei o anel no meu dedo, sentindo o metal liso. Parecia certo, exatamente onde pertencia.
Não esperava que muita coisa mudasse quando me casei com Dulce. Por que mudaria? Nós já moráva- mos juntos, o casamento foi só uma formalidade.
Mas algo tinha mudado. Enquanto estávamos na frente de nossos amigos e familiares, dizendo nossos votos, eu senti. Aquele momento tinha feito algo comigo, bem lá no fundo. Me ligou a ela de uma forma que eu realmente não compreendia. E, assim como o anel no meu dedo, parecia certo.
Meu telefone tocou ao meu lado, então desviei minha atenção da vista – a praia era ótima, mas deus, o corpo da minha esposa era delicioso – e verifiquei minhas mensagens.
Era de Nolan, meu diretor financeiro. Eu o deixei no comando enquanto tirava as primeiras férias da minha vida adulta. Eu nunca fiquei longe do trabalho por mais de um dia... Nunca. Dulce queria que eu me desconectasse completamente, insistindo que eu tinha deixado a empresa em boas mãos. Que eu não tinha nada com que me preocupar e que eles poderiam viver sem mim por algumas semanas. Ela estava certa, mas velhos hábitos eram difíceis de mudar.
Eu li a mensagem dele. Começava com isso é apenas um atualização, não há necessidade de responder. Mas eu me perguntava se deveria marcar uma teleconferência. Eu realmente deveria checar as coisas, de qual- quer forma. Não levaria mais de uma hora. Comecei a digitar minha resposta.
Dulce limpou a garganta. Eu não tinha percebido que ela tinha se aproximado e estava com as mãos nos quadris.

— Você está trabalhando de novo, não é?
Levantei os olhos para encontrar os dela, deixando meu olhar passar lentamente pelas suas curvas.
— Eu posso afirmar que você está trabalhando — disse ela.
— Não é nada, só uma mensagem rápida.
E talvez uma teleconferência mais tarde.
Ela revirou os olhos.
— Estamos em nossa lua de mel.
Você está autorizado a tirar uma folga de verdade.
— Estou tirando uma folga.
— Uma teleconferência mais tarde?

Eu olhei para ela, encarando-a com firmeza.
A maneira como ela me desafiava era tão excitante.
Seus olhos se estreitaram e seus lábios se contorceram em um sorriso minúsculo.
Então, ela pegou o telefone da minha mão e correu em direção à água.

— Dulce.

Eu estava de pé, mas ela já estava na beira da água. Ela parou, com os pés na areia molhada, e jogou meu telefone no mar.
Ela caminhou para trás, limpando as mãos uma na outra, um sorriso presunçoso em seu rosto.

— Pronto.
— Você acabou de jogar meu telefone na água
— Você é muito observador, Chris.
— Ela tirou a areia dos pés com uma toalha antes de se deitar no cobertor grande que usávamos na areia.
Ela deu um tapinha no lugar ao lado dela.
— Agora venha relaxar comigo.

Fiz careta para ela, mas não estava bravo.
Eu compraria um telefone novo quando voltássemos e descontaria na sua linda bunda mais tarde.
Ela estendeu a mão e puxou o telefone da bolsa.

— Por que você pode verificar suas mensagens? — perguntei.
Ela revirou os olhos de modo brincalhão.
— Bem, um de nós precisa ter um telefone. O seu está no mar.
Eu gesticulei para a água.
— Porque você jogou lá.
— Detalhes. Além disso, eu não estou trabalhando.
— Anahi?
— Sim. — Suas sobrancelhas se uniram.
— Você se importa se eu ligar para ela?
Não tenho ideia do que ela está falando.
— Claro que não. — Fiquei confortável e tomei outro gole da minha ridícula bebida frutada.

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