28.

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CHRISTOPHER

SEM Dulce À NOITE, fui direto para o meu outro apartamento, em vez de ir para casa. Passei algum tempo praticando. No momento em que decidi subir, eu estava relaxado, minha mente clara. Foi bom. Mesmo a visão de Natália descansando no meu sofá não me incomodou. Eu a cumprimentei com um aceno de cabeça, então fui para a cozinha, para me servir um copo de uísque.

— Aquela foi uma grande festa, na outra noite — disse ela.

Não a tinha ouvido se aproximar, mas tentei não reagir.

— Foi.
Cadê meu pai?
— Ele saiu para comprar sobremesa.

Havia algo no tom de sua voz que disparou um aviso em minha mente.
Coloquei a tampa da garrafa de volta, ciente de que esta era a primeira vez que ela e eu ficávamos sozinhos desde que ela começou a sair com meu pai. A mudança de Dulce para cá funcionou bem nesse aspecto.

— Aproveite sua noite.
— Peguei meu uísque e me virei para ir para o escritório.
Ela esticou o braço na entrada da cozinha, bloqueando meu caminho.
Havia fogo em seus olhos – uma mistura ardente de desejo e raiva. Eu encontrei seu olhar, mantendo minha expressão neutra.
— Com licença.
— Christopher, por que nós dois não admitimos o que está acontecendo aqui?
— Que tal você sair do meu caminho?
Seus lábios se curvaram em um sorriso.
— Eu sei que seu noivado é uma farsa.
Não respondi.
Apenas tomei um gole do meu uísque.
— Você não está se cansando desse jogo que estamos jogando?
— Ela deixou cair o braço e deu um passo à frente. Droga.
Ela estava usando meu pai. Claro que estava.
Eu sabia disso desde o início.
— Estou cansado de ver você se aproveitando do meu pai.
— Ah, Christopher, não seja bobo.
Eu não estou fazendo isso.
Ele não está me levando a sério.
Sou apenas uma bela distração.
— Verdade, embora eu duvide que ele a veja assim. Ela se aproximou.
Fiquei onde estava, recusando-me a lhe dar qualquer espaço.
Essa mulher não iria me encurralar.
— Não se preocupe com Richard.
— Ela passou o dedo pelo meu peito.
— Não entendo o que você está tentando fazer.
Você tem usado meu pai como forma de vingança?
Ou tudo isso é uma tentativa distorcida de me fazer aceitar você de novo?
Ela espalmou a mão no meu peito.
— Um pouco dos dois.
Eu agarrei seu pulso e removi sua mão.
— Não me toque.
— Christopher — ronronou ela.
— Eu sei que você ainda me quer.
Seus olhos não mentem.
— Está delirando?
Ela avançou, invadindo meu espaço pessoal.
— Pare de lutar contra isso.

Eu me inclinei para trás e recuei, mas bati na geladeira.
Meu uísque escorregou de minhas mãos, caindo no chão com um estalo de vidro quebrado.
Ela pressionou seu corpo contra mim e agarrou minha nuca. Ficando na ponta dos pés, ela pressionou seus lábios contra os meus.

— Natália? Christopher?
Ao som da voz do meu pai, ela se afastou.
Eu soltei seu pulso e limpei minha boca com as costas da minha mão.
— Droga — murmurei.
Papai estava a poucos metros de distância, uma sacola de papel de supermercado na mão.
Ele olhou para nós, com a testa franzida.
— O que está acontecendo?
— Pai...
— Ele me beijou — disse ela.
— O quê?
Você se jogou em mim.
Ela cruzou os braços.
— Como se atreve?
Eu não fiz isso.
— Sim, você fez.
Eu certamente não queria que você fizesse.
— Então, por que você disse todas essas coisas? — perguntou ela.
— Você é uma pessoa terrível, Christopher Uckermann.
Você sabe que estou em um relacionamento com seu pai. Como pôde traí-lo assim?

Eu revirei os olhos.

— Ah, pelo amor de Deus.
Chega dessa merda.
Pai, Natália é minha ex.
Quando você a conheceu no Havaí, eu que paguei por essa viagem para amenizar o golpe depois de terminar com ela.

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