PERFECT PROPOSAL - Vondy (Adaptação)

16.

CHRISTOPHER

CHEGUEI EM CASA DA ACADEMIA, no sábado, para encontrar uma casa vazia. Meu pai tinha ido a algum lugar com Ethan e Grant para passar o dia. Dulce disse que ia correr, mas ainda não tinha voltado. Estava tão quieto.
E vazio.
Bebi um copo de água na cozinha.

Eu gostava do silêncio, vivi sozinho por anos, e nunca achei que esse lugar parecia vazio. Mas eu me vi um pouco desapontado porque Dulce não estava aqui.
Por quê?

Eu tinha trabalho a fazer, de qualquer maneira.
Eu precisava de um banho, então fui para o meu quarto.

Nosso quarto?
Evidências da Dulce estavam por toda parte.
Ela mantinha suas coisas organizadas, mas eu podia ver seus chinelos amarelos ao lado da cama.
Um livro na cabeceira dela. Uma regata rosa jogada em uma cadeira. As roupas dela apareciam do armário parcialmente aberto. Tantas cores.
Rosas, amarelos e azuis.
Ela sairia com as amigas hoje à noite.

Olhar para as roupas dela me fez pensar no que ela usaria. Aquele vestido preto que ela usou quando a levei para jantar? Minhas mãos se apertaram em punhos. Ela parecia muito sensual naquele vestido, e não gostei da ideia de ela usá-lo em algum bar aleatório com suas amigas.

Claro, ela teria um anel no dedo.
Um dos grandes, na verdade.

Só tinha levado uma semana para ficar pronto, e ela o estava usando nos últimos dias. Meus lábios se contorceram em um meio sorriso. O anel dela certamente seria um impedimento. Nenhum homem daria em cima dela enquanto ela estivesse usando aquela coisa.

Um benefício inesperado da Dulce se passar por minha noiva: ela tinha o meu anel para marcá-la como minha.

Foi completamente louco perceber o quanto eu gostava dessa ideia.
Ela não era minha.
Na verdade, eu nunca tinha pensado em uma mulher assim antes, mesmo as mulheres que eu tinha realmente namorado. Então, por que gostava da ideia de seus delicados dedos levantando a taça de martini, com um enorme diamante brilhando em sua mão esquerda, declarando ao mundo que ela não estava disponível? Ela estava certa sobre o anel.
Era horrível.
Sabia que não era algo que ela usaria em circunstâncias normais. Mas nada sobre isso era normal, e a ostentação do anel significava isso.
E Natália o olhou com nítida inveja, o que significava que tinha sido a escolha certa. Tirei minhas roupas e as joguei no cesto enquanto esperava o chuveiro esquentar. O banheiro estava cheio de Dulce também.

Sua escova de dente estava na pia, junto com alguns cosméticos, uma escova de cabelo e um esmalte rosa. Os pequenos pontos de cor pareciam tão alheios e estranhos com minha decoração azul e cinza. O vapor encheu o ar, e entrei no chuveiro. Era bom, depois de um treino pesado. Eu me lavei e deixei a água quente escorrer sobre mim. Fechei os olhos e senti a água no rosto.
Quando abri os olhos, o xampu rosa da Dulce chamou minha atenção. Eu o tinha cheirado antes, então sabia que era por isso que ela cheirava tão bem.
Isso, e alguma outra coisa que parecia ser só ela.
Não conseguia explicar.
Eu segurei o frasco no meu nariz mais de uma vez, tentando decifrar o que que a tornava tão cativante.

O cheiro era bom, mas nela?
Era intensamente excitante.
Peguei o frasco e abri a parte de cima.
Respirei fundo.
Morango.
Por que esse xampu botânico, com cheiro de morango, me excitava?
Não fazia ideia, mas meu pau estava acordando.

O cheiro me lembrou do jeito que a minha cama ficou depois que ela dormiu nela. O som do chuveiro correndo me fazia imaginar como ela se parecia aqui, sob a água corrente. Ou deitada na minha banheira, seus mamilos brilhando com a água. Essa linha de pensamento e o cheiro do xampu de morango no meu nariz estavam piorando minha ereção.