20.

973 59 10
                                    

CHRISTOPHER

A VIAGEM PARA O MEU APARTAMENTO passou em uma névoa de tensão sexual explosiva. Minha virilha inteira doía, a pressão irradiando, fazendo minhas costas e meus ombros ficarem tensos. Seu cheiro e a sensação de sua umidade sedosa deslizando sobre mim persistiam, tortuosos e tentadores.
Eu queria transar com ela naquele momento, na parte de trás do meu carro. O desejo primitivo de possuí-la – de penetrá-la e reivindicá-la como minha – tinha sido quase insuportável. Mas uma parte do meu cérebro racional me impediu.

Além disso, vê-la gozar daquele jeito foi incrível. A visão dela montada em mim, com sua saia enrolada nas coxas, sua calcinha puxada para o lado, tinha sido excitante pra caralho. Mais alguns minutos ali e eu provavelmente teria gozado também. Ela estava sentada ao meu lado, com as mãos no colo, as bochechas coradas em um adorável tom de rosa. Era difícil manter minha atenção na estrada. Nós ficamos em silêncio, mas eu não poderia ter mantido uma conversa normal, mesmo se tivesse tentado.
Não havia sangue suficiente no meu cérebro. Felizmente, era tarde, as estradas estavam bastante vazias, e voltamos para o meu prédio sem atrasos. Estacionei e saímos, meu coração ainda batendo forte, meu pau doendo.
Com minha mão na parte inferior de suas costas, eu a levei para o elevador. Quando entramos, não apertei o botão da cobertura. Em vez disso, selecionei o andar do meu outro apartamento. Minha escapatória.

O lugar que nunca mostrei a ninguém. Mostrar para ela era um risco. Eu estava cruzando limites com a Dulce, algo que nunca fiz antes com qualquer outra mulher. Uma parte de mim percebeu que teria que lidar com isso depois. Mas ela me viu tocar, e eu nunca compartilhei isso com qualquer pessoa também. E do jeito que me sentia agora, não queria correr o risco de que meu pai – ou pior, ele e Natália – estivessem em casa. A última coisa que eu precisava era meu pai querendo bater um papo quando entrássemos pela porta.

Eu era um homem com um único propósito.
E era foder esta mulher.
Agora.

— Hum... — A voz de Dulce estava hesitante.
— Para onde estamos indo?
— Vou te mostrar.

Ela se aninhou mais perto de mim, e eu apertei sua cintura mais forte. A tentação de empurrá-la contra a parede e beijá-la era intensa. Mas eu sabia que quando começasse, não seria capaz de parar. Meu autocontrole estava a ponto de explodir. As portas do elevador se abriram, e eu a levei para o meu outro apartamento. Lá dentro estava escuro – as cortinas blecaute bloqueando a luz da cidade lá fora – então acendi a lâmpada da mesinha lateral.

Dulce ficou parada na porta, olhando ao redor com os olhos arregalados, seus lábios carnudos separados. Enquanto ela olhava ao nosso redor – minha coleção de violões, os pôsteres da banda – uma sensação estranha me atingiu no peito. O mesmo que eu senti no palco quando nossos olhos se encontraram e percebi que ela estava me vendo.
Verdadeiramente me vendo.
Mas a intensa vulnerabilidade apenas aumentou meu desejo. Eu queria transar com ela de cem maneiras diferentes aqui.

— Venha aqui.

Ela se moveu em minha direção, tirando os sapatos, e puxou a camisa pela cabeça, deixando-a cair no chão. Boa garota.
Nós tiramos nossas roupas freneticamente, e eu fiz questão de pegar o preservativo da carteira. Seu corpo era uma visão do caralho, mas eu não estava em estado de apreciar a beleza dessas curvas. Agarrando-a pela cintura, a puxei contra mim.

Me inclinei e capturei sua boca.
Beijar Dulce era diferente.
Seus lábios eram suaves e doces, mas era mais do que isso.

Ela estava alcançando dentro de mim, destrancando lugares que eu mantive escondidos. Senti uma conexão que nunca experimentei antes.
Eu confiava nela.
Era por isso que estávamos aqui.
Porque eu a estava deitando no sofá, em um cômodo em que ninguém mais havia colocado os pés desde o dia em que comprei esse lugar. Sem perder tempo, coloquei a camisinha enquanto ela observava, lambendo os lábios.

PERFECT PROPOSAL - Vondy (Adaptação) Onde histórias criam vida. Descubra agora