(Capítulos 30)

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Bernardo Bennet

Após o almoço com a Violet me pego indo até a sala do meu irmão, eu tenho que contar que ganhei uma chance com a Violet, mesmo ela não sabendo. Abro a porta do seu escritório e o mesmo está sentado, sua cara está péssima, o copo de whisky estava ao lado e parecia vazio. Entro em sua sala e o comprimento, ele não parece bem, mas deve ser as preocupações do casamento.

- Sua cara está péssima irmão - falo sério e o mesmo bufa - quem está deixando meu irmão assim, Ingrid?

- Ninguém Bernardo - ele rosna e eu levanto as mãos em rendição - o que veio fazer aqui? - pergunta rude.

- Apenas te contar uma notícia ótima! - falo sorrindo e o mesmo me encara. Meu irmão não era de chorar, mas seus olhos estavam inchados e vermelhos. O que está deixando ele assim?

- Fala - ele me dá a deixa e eu suspiro, lembro da voz de Violet, das suas mãos macias, do jeito que fica quando eu a elogio, isso me dá uma esperança.

- Eu almocei hoje com sua ex secretária - começo e o mesmo vira rapidamente para mim - eu tomei coragem de falar que queria uma chance com ela, e ela deu!

Meu irmão passa as mãos no rosto e sobre o cabelo, seu olhar está perdido. Eu não compreendo essa reação, parece que ficou decepcionado ou algo do tipo.

- Eu... - ele tenta - meus parabéns!

Sinto ironia em sua voz, talvez esteja bravo ou cm inveja, mas eu estou feliz e isso é oque importa.

- Estou pensando em chamar ela para o nosso jantar na sexta - falo, Bryan então se levanta e vai se servir mais um pouco de whisky.

Olho aquela cena, mas não falo nada, nessa parte meu irmão puxou ao meu pai. Qualquer coisa de errado que acontecia, recorriam a bebida, era inacreditável.

- Faz isso - ele fala após bebericar sua bebida - chame-a para o jantar...

- Será que mamãe vai gostar dela? - pergunto e ele suspira.

- Tenta a sorte maninho - ele fala e eu sorrio.

Bryan era insuportável, mas sempre nos entendíamos. Estou ansioso para ver como minha mãe irá tratar Violet.

(...)

Chego em casa e vejo os meus pais jantando, olho para a comida e é minha preferida. Vou até minha mãe lhe dando um beijo no topo da cabeça e vou até meu pai, lhe cumprimentando com um aperto de mãos.

- Fiz seu prato favorito meu filho - minha mãe sorri e aponta para a mesa, sorrio.

- Obrigado mãe...- falo.

- Filho, como anda a vida de médico do interior? - meu pai pergunta, não sinto deboche em sua voz, talvez só esteja interessado.

- Está boa, quando eu voltar já irei atender muitos pacientes - falo me recordando das filas enormes.

- Deve ser muito difícil - minha mãe começa e eu concordo - deve amar muito isso meu filho, ver gente doente todo dia não é fácil...

- Não é, mas estamos lá para fazê-las acreditar que também não é difícil. Só basta confiar em nós - sorrio.

- Viu seu irmão hoje? - meu pai interrompe.

- Sim, Bryan não parecia bem - falo beliscando um pedaço de carne - ele estava meio...aéreo e parecia que estava chorando...

- O que? Bryan chorando? - minha mãe pergunta assustada e eu tento a acalmar.

- Deve ser o casamento - meu pai fala, eu concordo, porém, escolheram isso para o filho e agora já não tem mais nada a se fazer - devemos fazer algo!

- Não - minha mãe esbraveja - o juíz Ernandes nos tem na palma das mãos, e se cancelar esse casamento, a empresa já era!

- Que mania de vocês ditarem tudo - falo em defesa - Bryan não está feliz com Ingrid. Qual é o mais importante? A saúde mental e a felicidade do seu filho ou a empresa?

Eles se entreolham, parecem decidir em pensamento. Não é uma escolha fácil e todos sabemos, mas a felicidade do filho deve ser mais importante!

Eles não respondem e eu fico enojado por isso. Meu pai é covarde e não sabe defender sua honra. Me levanto da mesa e vou para o meu quarto, aquilo me cansava e ver os dois indecisos com uma coisa obvia me deixava ainda mais bravo.

Meu irmão é cabeça dura, sempre quis ser o bonzão, mas uma coisa eu admito; não quero o ver desse jeito, sofrendo por uma coisa que é fácil fazer. Se eu fosse ele, eu já teria mandado todo mundo ir se foder e seguido minha vida, mas parece que isso é um bicho de sete cabeça.

Disco o número de Violet e então chama, a chamarei para o jantar e não irei aceita um não.

Ligação

- Alô? - fico feliz ao ouvir sua voz doce.

- Olá, desculpa ligar a essa hora...

- Ah sim, tudo bem Berardo, precisa de algo? - ela pergunta e eu sorrio.

- Sim, na verdade...- tomo coragem - quero te convidar pra um jantar na sexta, será aqui em minha casa!

Só escuto sua respiração, mas quero pensar que é ela cogitando em aceitar.

- Não sei...

Eu já esperava, ou não.

- Por favor, irá ser bom você conhecer os meus pais e além do mais, vai ter eu, podemos comer e conversar mais - falo tentando a converter.

- Tá bom - fala decidida e eu fico surpreso.

- Te pego as 19:00hrs - falo e ela acente - já te falei que você é muito linda?

Ouço um risinho do outro lado da ligação.

- Já Bernardo, mas obrigada - fala divertida - irei dar uma atenção para minha mãe, logo a gente se fala, tchau!

- Tudo bem, tchau Violet - falo desligando.

Pronto, agora só esperar até sexta para a ver novamente...

Amante Do Meu ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora