Amante Do Meu Chefe

(Capítulo 46)

Bryan Bennet

Sexta-feira/apenas 1 dia para o casamento.

Casamentos sempre são uma bagunça. Mas nunca me fizeram chorar, apesar de alguns terem sido bem melancólicos. Talvez pelo fato de que esse esteja sendo um casamento obrigado, por pura e espontânea pressão, não estou animado.

Contagem regressiva para o casamento. Quem está contando está merda? Claro, minha adorável noiva!

Violet está apreensiva, sempre comenta algo confortante para que eu me sinta confortável. Mas na verdade, ela está pior do que eu, claro, isso não depende só de mim e sim também depende dela. Quero passar confiança para ela, não a quero ver desse jeito, preocupada pelos cantos. Sei que deveria estar preocupado, mas não estou, tudo tem que sair como o planejado.

- Quero isso aqui! E cala boca Bernardo! - falo antes de ouvir algo do mesmo, que para levantando o indicador e com a boca aberta. Estou farto de suas ideias ruins, todas elas eram ruins.

- Eu só iria falar que talvez assim, os convidados não irão ver. Precisaria estar no centro, bem destacado para que todos vejam. Seria muito me escutar? - fala bufando, e eu estalo a língua em irritação. Por mais idiota o mesmo seja, eu o ouvi, falando para os organizadores fazerem o que ele disse, ganhando um sorriso do mesmo.

- Sai daqui, não tem algo melhor para você fazer? Sei lá, ajudar a Loisa a gravar o áudio! - eu digo me sentando em uma cadeira qualquer daquele salão.

- E você acha que eu não tentei? Porra! - ele passa as mãos no cabelo, bufando e se jogando em outra cadeira qualquer ao meu lado. - aquela mulher é louca! Ela está empenhada em ajudar vocês. Disse para eu não atrapalhar sua gravação, me escorraçando da gravadora.

- Irmão...boa sorte! - gargalho de sua cara desesperada.

- Irei precisar! - ele diz coçando a nuca, em sinal de nervosismo. - e Violet? Onde é que ela está?

- Está com a mãe, disse que irá contar algumas coisas. Está sendo difícil para ela, a mesma está bem preocupada com essa merda toda. Me sinto culpado por ela estar passando por isso, por esse nervosismo. MERDA NÃO COLOCA ISSO AÍ! - grito para um funcionário, que estava colocando o som em um lugar diferente.

- Talvez não seja só ela que esteja surtando! - ele gargalha e eu bufo. - olha, sei que não sou a melhor pessoa para dizer isso, mas relaxa...não surta. Tudo irá ficar bem, e vocês vão viver juntos. Ingrid é uma piranha louca, e seu pai, aquele é o que você precisa se preocupar.

- Isso que eu me preocupo, aquele lá mata e morre pela filha! - digo. Olho para ele, soltando um sorriso. Era raro eu sorrir para o meu irmão mais novo, mas eu estava feliz em tê-lo perto de mim naquele momento. - obrigado...

- Boiola. - diz fazendo careta, e eu dou risada. - mas de nada!

Após essa conversa, saímos do salão. A cerimônia iria ser em um lugar bem amplo, cabendo mais de 100 convidados. Claro que eu não iria desperdiçar a oportunidade de envergonhar o juíz na frente de centenas de pessoas. A lista de convidados era extensa. Alguns advogados, juízes e gente importante, confirmaram presença e era isso o que eu esperava.

Dirijo o meu carro, prestando a atenção na estrada. Meu irmão não para de falar, me fazendo querer um controle remoto, para fazer-ló ficar no mudo. Ele gesticulava, falava e falava. Porra, ele falava muito! Chegamos na casa dos meus pais, ali estava um silêncio. Adentramos a mansão e logo avisto o meu pai em sua quadra de tênis particular, e minha mãe como juíza.