Capítulo 43

6.4K 286 20
                                    

Bryan Bennet

Terça-feira/4 dias para o casamento.

Solto o ar dos meus pulmões. Estou sentindo que vou surtar. Várias ligações perdidas da Ingrid em meu celular e eu só consigo pensar em Violet.

Não estou conseguindo a ver esses dias, mas prometi para ela que tudo irá dar certo. Não estou com medo e não vou recuar, logo agora que estou tão perto do fim. Estou ansioso, nervoso e revoltado. Me sinto uma bomba, prestes a explodir em milhões de pedaços.

Talvez eu quisesse mandar todo mundo ir pastar, e viver minha vida com Violet em paz. Mas não é tão fácil, não é tão simples assim deixar a bomba estourar e não estar perto. Quero apenas que isso acabe, e para isso o meu plano tem que dar certo!

Ao ver mais fotos da Ingrid me traindo, solto um suspiro pesado. Robert me observa, talvez querendo continuar com sua apresentação dos fatos, mas eu só quero pensar. Ingrid é uma tremenda safada, todo esse tempo me traindo e achando que eu não iria descobrir. Claro, o fato de eu também a tela traído, me faz um safado tanto quanto ela, mas ela é muito pior, antes mesmo de eu a trair, ela já estava me traindo e isso já pode se considerar uma justificativa.

Não a traí por vingança, nem para aumentar o meu ego. Tive uma conexão com Violet, tudo que tive com ela foi por sentimento e amor. Meio estranho admitir com minhas próprias palavras que aquilo que eu sentia por ela era amor. Pensei que nunca iria conhecer o amor de verdade, o amor sincero, mas Violet...porra, ela era diferente.

O sorriso, a voz, o cheiro e o beijo. Era único e próprio dela, não tinha outro em mais nenhum lugar. Que loucura!

Ao lembrar dela, aquela sensação de sufocamento sai, e em minhas lembranças agora só está ela, somente ela. Sinto o meu corpo sair do transe, e logo olho para a minha frente, encontrando Robert me encarando. Seu semblante era confuso, e de impaciência. Mas talvez eu precisasse desse tempo com minhas paranóias, para simplesmente colocar tudo em ordem.

- Fez um ótimo trabalho! - falo pondo fim naquele silêncio. Ele realmente fez um belo trabalho, seguiu minhas dicas e encontrou os erros, os pontos e até mesmo descobriu coisas a mais.

- Obrigada senhor! - ele parecia um menino animado. Como um jovem desse se torna investigador? Que perigo!

- Como consegue? Investigar, ir atrás, sem ser pego? - falo já andando em direção ao meu frigobar da sala, olho as opções e no mesmo tem uma garrafa de whisky. A pego e me sirvo, fazendo o mesmo com outro copo que ali estava, ofereço para o rapaz e o mesmo nega, mas mesmo assim, vou em sua direção e bato com o copo em seu peito, para que o mesmo tome.

Odeio pessoas que nega por educação!

Ele bebe um gole, talvez pelo nervosismo ou por eu estar olhando para o mesmo. Eu intimido, eu sei.

- Não sei, esse é meu trabalho...- ele limpa a garganta com um pigarreio. - aprendi na prática e de tanto ver meu pai.

- Seu pai também é do ramo? - pergunto e em seguida beberico o líquido em meu copo, sentindo minha garganta arder um pouco.

- Era. Ele atuava na área, negócios da família...

- Entendo.

Amante Do Meu ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora