Leve-me para seus braços amorosos.

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Soraya Pov

-Mamãe.

Eu ouço uma voz no fundo, sinto algo tocando meu rosto. Estou sonhando ou alucinando? Eu conheço essa voz.

-Hm... Eu murmuro enquanto abro os olhos e bocejo. Eu olho para o lado e vejo Léo encostado na beira da cama, ele está com a mãozinha no meu rosto, eu pego a mãozinha dele e beijo. - Olá pequenininho.

Minha voz parece sonolenta e meus olhos parecem pesados, eu pisto algumas vezes e tento me sentar, mas sinto algo pesado no meu estômago, olho para baixo e vejo Simone com a cabeça na minha barriga e o braço ao redor da cintura.

-Mamãe, estou com fome. E a mama não quer acordar.

Ele murmura, eu olho para ele agora com um enorme beicinho nos lábios e os braços cruzados sobre o peito. Eu sorrio para ele, até Léo irritado parece lindo. Esse garoto é de verdade? Como posso não pensar que ele é lindo?

-Esfomeado, hein? Que tal waffles?

-Sim!

Ele grita com um grande sorriso e eu fecho os olhos, sentindo minha cabeça bater. Simone se contorce um pouco e murmura algo que eu não entendo, mas ela ainda está dormindo. Acho que ela bebeu demais ontem.

-Tudo bem, mas não grite que você vai acordar sua mãe.

-Sinto muito.

-Tudo bem. - Com o máximo de cuidado possível, eu removo a cabeça de Simone da minha barriga e a puxo um pouco para cima, descansando a cabeça no travesseiro. - O que você está esperando, jovem? Para o banho, vá em frente.

Eu comando, embora sorrindo. Léo não diz nada, apenas sai da sala rapidamente. Eu bocejo e me estico lentamente, meu corpo se sentindo um pouco pesado. ainda estou com sono. Eu saio da cama e vou ao banheiro, respiro um último e olho para Simone.

Sinto que agora as coisas vão se acalmar, ou pelo menos melhorar um pouco.

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Eu coloquei a mesa para o café da manhã, Léo já está sentado, uniformizado e perfumado. Uma coisa curiosa que notei é que Simone e ele são perfeccionistas em higiene pessoal, assim como ela sempre gosta de estar limpa e cheirosa, assim como ele. É incrível o quanto eles são parecidos.

Simone parece mimá-lo muito mais do que eu, às vezes penso como costumávamos ser. Se eu fosse a única mãe que às vezes o repreende, o ajudava com as tarefas e era mandona, e Simone, a mãe brincalhona, que leva Léo ao parque, o deixava comer petiscos e não o repreende tanto.

Acho que deve ser divertido de assistir. É meio estranho imaginar nós três como uma família. Mas estou me acostumando com isso.

-Mamãe, a mama não vai se levantar? Vou me atrasar para a escola.

-Léo, acho que sua mãe está muito cansada, sabe? É melhor deixá-la descansar.

Termino de lavar os pratos e os coloco no escorredor.

-Então, você vai me levar?

Ele pergunta e eu me viro para olhar para ele, seus olhos cinzentos fixados em mim, brilhando de expectativa. Sinto um caroço na garganta, o que faço agora? Não tenho ideia de onde fica a escola dele, não me lembro de saber dirigir, e mas... Ele não sabe que eu perdi minha memória. Certamente, eu o levei para a escola às vezes, mas agora não posso, e tenho que encontrar alguma desculpa, já que Simone certamente não acordará agora.

-Eu... não posso. Mamãe tem muitas coisas para fazer hoje. - Sou rápida para pensar em uma solução. - Mas eu sei quem pode levá-lo para a escola, vou fazer uma ligação e voltar.

Stupid Wife - versão Simoraya (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora