Stupid Wife - versão Simoraya (Finalizada)

Tentação

Soraya POV

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-Por favor, não vá.

Ela implorou, segurando com força a lapela da jaqueta preta que Simone estava usando, ela suspirou e acariciou meu rosto com os polegares.

-Por que eu ficaria?

-Por mim. - Simone congelou enquanto me ouvia. - Fique comigo.

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Eu acordo com medo, meu coração bate rápido no meu peito, estou sem fôlego e meu corpo está pesado. Já se passaram três noites desde que acordei assim, o mesmo sonho, o mesmo sentimento estranho. Não consigo identificar se é uma memória ou apenas um sonho estranho.

Mas toda vez que a mesma coisa acontece, estou chorando me agarrando à jaqueta de Simone, implorando para ela não sair, não sei onde, e ela sempre diz a mesma coisa e peço que ela fique comigo.

Eu respiro e lentamente meus batimentos cardíacos se normalizam, suspiro e sento na cama. Tudo é silencioso, muito silencioso. As cortinas grossas me impedem de saber se ainda é noite ou se já é amanhecer, mas olho para o lado para ver que já é amanhecer. Ele olha para o relógio, 10:00 da manhã.

-Que ótima maneira de começar o dia.

Eu comento e deixo sair uma risada. Eu nunca gostei de pesadelos, sonhos estranhos. Eu sempre os odiei para ser honesto. E este em particular está começando a me assustar.

Eu não acho que Simone esteja planejando me deixar, e sinceramente espero que ela não esteja. Mas... As coisas estão estranhas. Estou preocupada e assustada. Muito assustada.

E eu simplesmente não consigo explicar o porquê.

Eu saio da cama, me esttico, bocejo algumas vezes. Eu coço a cabeça e vou ao banheiro. Apenas um banho frio é capaz de me acordar completamente.

Depois do banho, vou ao armário e pego um par de calças de moletom escuras, uma camisa de manga comprida e um novo par de meias. Eu saio do closet e abro as cortinas da sala, a luz entra na sala e fecho os olhos, eles são sensíveis.

-Eu tenho que falar com Simone para me mostrar a cidade, não suporto não fazer nada nesta casa sozinha.

Eu suspiro de frustração e viro as costas para a janela. Eu olho em volta, como se a sala me desse algum tipo de ideia do que fazer. Mas... nada.

Acho que jogar videogames, mas não tenho ideia de como operar esse dispositivo enorme na sala. Sem mencionar que a tecnologia parece mil vezes mais avançada, ainda não estou familiarizado com ela. É uma droga, eu sei.

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Ainda estou no quarto, estendido na cama, na verdade, cercado por sacos de batatas fritas enquanto assisto meus vídeos com Simone e Léo. No momento, estou assistindo ao aniversário de três anos do meu filho. Os parabéns passaram, agora alguém estava filmando Simone, comigo e com o garotinho. Léo está sentado no meu colo, Simone ajoelhada na minha frente fazendo caretas e fazendo cócegas no garotinho que está rindo de coração.

É impossível não ver o quão felizes estávamos. Simone parece tão extrovertida no vídeo, ao contrário da Simone distraída de agora. Eu gostaria de ver Simone mais solta, brincando, carinhosa.

Simone é muito carinhosa, eu notei isso.

-Vamos filho, mande um beijo para a tia Ana.

Simone diz ao garotinho, que procura a pessoa que está gravando e balança seus bracinhos. Simone diz algo em seu ouvido e, em questão de segundos, o garotinho coloca sua mãozinha sobre a boca e dá um grande beijo na câmera. Eu sorrio e balanço ele, comemorando. Léo ri e Simone dá um sinal positivo para ele.