Meu filho

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Enquanto Paula não chegou, eu subi para tomar um banho. Confesso que me sinto estranho tomando banho nesta casa, dormindo naquela cama enorme, foi estranho andar por aqui neste silêncio, o que é pior.

Todos os dias são assim? Estou sozinha o dia todo? E o pior, Simone me apoia? Acho que não, sempre pensei em crescer e me tornar independente.

Eu entro no closet e escolho algumas roupas simples, shorts, blusa de manga curta e meias de banana que estavam perto da cama. Eles só podem ser meus, porque os outros têm desenhos de um padrão que eu nunca vi na minha vida.

Eu saio do quarto e desço, entro no quarto e me jogo no sofá. Eu me sinto como uma estranha nesta casa, como uma convidada. É muito estranho esse sentimento, porque esta casa é basicamente minha. Eu moro aqui e... Não tenho ideia de quantos anos, mas moro aqui. É a minha casa.

É a minha casa.

Mas por que para mim esta casa parece apenas uma casa desconhecida?

A perda de memória é uma droga, sim, eu só queria me lembrar de certos momentos, mas era tudo um borrão na minha mente. Eu toco meus dedos nas pernas e olho ao redor, tudo bem decorado. A sala de estar tem decoração moderna, TV de grandes dimensões, sofás enormes, sério, esses sofás parecem camas. Tudo muito bom, tenho que tirar um dia para conhecer minha casa.

Engraçado você pensar sobre isso. Vou conhecer a coisa em que vivo há anos.

A campainha toca, só pode ser a Sasha. Eu pulo sorrindo e corro para a porta, abro e...

-Puta merda!

Eu suspiro quando vejo o sorriso daquela mulher de pé na porta olhando para mim. Sasha! O tempo a mudou muito, mas essa boca é irreconhecível como seus olhos e sorriso. Seu corpo também mudou, se antes ela tinha um corpo maravilhoso, agora ela tem o corpo perfeito.

-Então é verdade? - ela disse, mas parece estar falando sobre si mesma. Seu sorriso diminuiu um pouco e seus olhos ganham um brilho triste, eu franzi a testa e em questão de segundos sinto meu corpo sendo puxado para a frente e cercado por braços gigantes. - Sinto sua falta.

Sasha fala contra o meu cabelo, o ar quente vindo de sua boca fazendo cócegas no meu couro cabeludo. Eu encolho contra ela, suspirando feliz por tê-la lá, é bom estar com minha melhor amiga no meio de toda essa loucura. Sasha acaricia meu cabelo e beija o topo da minha cabeça, eu sorrio.

-Seu abraço ainda é aconchegante como sempre.

Minha voz saiu um pouco abafada porque minha boca estava pressionada contra o vale dos seios de Paula. Ela parece ainda mais alta agora, seus seios cresceram. Alguém tem que fazer uma festa nesses seios.

-Claro que ela ainda é a mesma. - Finalmente, ela se afasta de mim, eu sorrio e ela acaricia meu rosto. Eu fecho meus olhos para aproveitar o calor. - Mas me diga - Ela entra sem pedir permissão e ainda me empurra, então eu a deixo. Minha mandíbula caiu, ainda é a mesma pessoa. - Como essa loucura aconteceu? Janja entrou em casa desesperada contando tudo, que você havia perdido sua memória, que queria bater em Simone. Eu quase morri rindo.

Ela continua sendo falante, Paula pode falar mais do que Giovana. Falando nisso, eu também preciso da minha irmã, ela conseguiu crescer um pouco?

Eu respiro fundo e vou para onde ela está, sento no sofá na frente dela e cruzo uma perna com a outra.

-Não sei como tudo isso aconteceu. - Eu paro para suspirar, minha cabeça caída. - Acordei ontem de manhã pensando que ainda estava no ensino médio, mas na realidade já sou casada, com um filho e uma esposa que, na minha mente, ainda odeio profundamente.

Stupid Wife - versão Simoraya (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora