Soraya POV.
Você conhece aquela sensação de estar dormindo, mas ainda sentindo tudo o que está acontecendo ao seu redor?
Por que estou sentindo isso?
Eu ouço vozes e sinto meu corpo se movendo, pulando, é o efeito de alguma droga? Eu abro meus olhos com medo, a possibilidade de ter sido drogado era alta, já que minha vida tomava um rumo sinistro.
-Mamãe!
Um pouco de choro e depois um peso cai em cima de mim. Eu conheço essa voz e reconheço o cheiro de bebê. Eu costumava odiar ser acordada gritando e pulando em cima de mim. Mas agora estou sorrindo, é ele, o pequeno encantador que me enche de alegria sem sequer tentar. Não consigo explicar, mas parece que a cada novo dia um sentimento maior cresce dentro de mim, eu o amo, eu sei que amo, eu sinto isso. Giovana disse que é meu instinto materno, embora eu não me lembre de coisas, reconheço que ele é meu filho.
Isso pode ser verdade.
-Bom dia para você também, Léo.
Eu finalmente abro meus olhos completamente e olho para baixo, ele está descansando no meu estômago e nos meus joelhos pelos meus quadris. Ele sorri quando me vê acordado e vem até mim.
-Bom dia, mãe.
-Falco, venha aqui! - Simone parece com raiva, o corpo de Léo fica tenso em mim e segundos depois a porta se abre. Sim, ela parece muito zangada a julgar pelo seu rosto vermelho. - Por que você fugiu, Léo? Eu te disse para não acordar sua mãe.
Ela o repreende e esconde o rosto no buraco do meu pescoço, sinto pena dele, Simone é assustadora quando fala assim. Eu acaricio o pequeno das costas dele e beijo o cabelo dele.
-Mas hoje é o dia de dançar na chuva.
Ele fala abafado porque sua boca está pressionada no meu pescoço, eu olho curiosamente para Simone, ele coloca as mãos no rosto e balança a cabeça.
-Dia de quê?
Pergunto a ela confusa, isso seria algum tipo de código ou programa na família?
-Dançando no dia da chuva. - Simone responde e aproxima de mim e Léo. Ela puxa Léo pela cintura e tenta me segurar. Penso em mantê-lo e deixá-lo ficar aqui, mas ele ri e me faz pensar que está gostando. Simone atende e eu olho para ele, só então percebo que ele está usando apenas roupas íntimas de desenhos animados. -Seu senhorzinho vai tomar banho, e então falaremos sobre desobediência.
-Não há necessidade de brigar com ele, ele é apenas uma criança.
Eu falo sem pensar e Simone me dá um olhar que me faz querer sair de lá naquele momento. Ela mantém o olhar sério por alguns segundos sem dizer nada enquanto coloca Léo no chão, ele pisca para mim e depois sai correndo da sala.
-Ele é uma criança, sim Soraya, mas ele tem que saber que não pode nos desobedecer. Então não me repreenda na frente dele, porque ele vai pensar que o que está fazendo está certo e fará isso toda vez, a menos que você queira uma criança mimada que grite com você.
Ela é muito séria, com os braços cruzados sob os seios. Eu me sinto uma criança quando o pai dela a repreende. Simone consegue assustar as pessoas quando fica assim.
-Desculpe.
Ela suspira e sua expressão suaviza, mordendo o lábio e depois balança rapidamente a cabeça.
-Tudo bem, você está tentando se ajustar a tudo isso. - Agora ela fala com simpatia e com mais calma, eu quase suspiro de alívio. Simone é muito assustadora. - Além disso, seria bom para a senhora se levantar e tomar um banho ou chegaremos atrasados.
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Stupid Wife - versão Simoraya (Finalizada)
FanfictionVocê já se imaginou casada com alguém que nunca suportou na vida? Soraya nunca tinha imaginado isso também, muito pelo contrário. Era para ser uma manhã normal, Soraya acordava, tomava café com sua família, ia para a escola e ganhava uma nova razão...