Capítulo 17

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Ayla on:

Estou deitada em algo duro e por incrível que pareça é quente.

Abro lentamente os olhos, sabendo que ainda é cedo e eu não quero acordar agora, mas lembro que estou em uma missão e não tenho tal luxo.

Ergo a cabeça, olhando ao redor, a primeira surpresa é que eu estou quase em cima de Darlan.

Estou deitada quase em cima do seu peito, nossas pernas entrelaçadas, mas estávamos de roupa o que torna tudo isso menos vergonhoso.

Eu poderia superar isso, sabe, acordar em cima do meu parceiro e tal.

Mas eu sinto algo quente escorrer entre minhas pernas e sei exatamente o que é.

Por isso, faço o mínimo de barulho possível e saio da cama, andando em direção ao banheiro, depois de pegar um dos absorventes que Darlan tinha trazido.

Eu não poderia sair hoje, estava perdendo muito sangue e isso atrapalharia na missão, por quê eu teria que ficar trocando os absorventes a todo momento e sinceramente eu não estou com muita vontade.

Depois de retirar e lavar minha roupa, que estava com sangue, eu tomo banho, me seco e visto uma legging preta, um suéter em um tom escuro de roxo e arrumo o cabelo, prendendo em um rabo de cavalo.

Após sair do banho, eu encontro Darlan sentado na cama, seu rosto estava confuso, provavelmente acabou de acordar.

Tento não olhar demais pra ele ou lembrar de que estávamos abraçados quando acordei.

- Bom dia - Falo, calçando botas para ir pegar nosso café da manhã.

- Bom dia - Ele fala, a voz rouca de quem acabou de acordar.

Ignoro o frio que senti na espinha e tento me manter firme.

- Vou pegar nosso café, já volto - Falo.

- Não quer que eu vá pegar? - Ele pergunta, ficando de pé e passando a mão pelos cabelos, na intenção de arruma-los.

Zero necessidade, o cabelo dele não saiu um fio do lugar, o que é incrível por quê o meu parecia um ninho de passarinho.

- Não, eu já volto, toma um banho - Indico o banheiro.

Ele ergue uma sobrancelha.
- Está insinuando algo?.

Dou de ombros com um sorriso.
- Não sei, talvez.

Ouço sua risadinha quando saio do quarto, deixando um sorriso se abrir em meu rosto, estava estranhamente animada.

O rapaz da recepção me dá bom dia, depois de lançar um sorriso educado para mim, sorriso que eu retribuo.

Digamos que eu não esperava o que encontro.

Esperava um refeitório cheio de feéricos em que cada um serve sua comida, ou até mesmo um refeitório vazio.

Mas não, parecia mais uma lanchonete.

Tinha mesas e cadeiras espalhados pela sala, quase todos ocupados por feéricos de todos os tipos.

O cheiro de ensopado e pão preenchia o ar e sinto minha barriga roncar.

Vou até um balcão, onde uma feérica esguia e bonita anota algo em um papel.

Ela sorri assim que me vê.
- Oi, bom dia, o que vai querer?

Sorrio educada.
- Não sei...alguma dica?

- Bom, para um café da manhã eu levaria ovos, torrada e frutas.

Assinto.
- Vou querer duas porções.

Ela anota em um papel.
- Certo, trago em dois minutos.

Assinto, esperando ela.

Corte de Culpa e Indecisões (2)Onde histórias criam vida. Descubra agora