Capítulo 49

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Ayla não sabia por quê não conseguia controlar seu corpo, não conseguia controlar suas ações.

Ela se lembra de acordar, com o couro illyriano e entrar em um portal, para uma sala escura.

Ela ficou lá parada por um tempo, sem conseguir se mover.

E quando o fez, deu de cara com Peter, que sorriu para ela e disse que estava feliz em vê-la.

Ayla quis socar ele, mata-lo, mas ela sequer conseguiu cuspir na sua cara.

Ela estava em um salão, viu o momento que Darlan chegou e viu que seus olhos aliviaram quando ele a encontrou.

Ele sorriu e Ayla quis chorar, quis gritar e avisar a ele o que estava acontecendo.

Mas ela não conseguia, por quê sequer controlava suas ações.

Ela quase vomitou quando Peter a beijou, ela quase chorou de raiva, mas nada a preparou para o olhar de Darlan quando viu.

Ela se perguntava se ele acreditaria se ela dissesse que não conseguia se controlar.

Então ela descobriu o motivo de estar ali, ela mataria Darlan, ou o contrário.

E ela sabia que morreria.

Darlan teria que mata-la para sobreviver e Ayla não teria como culpar ele.

Mas quando ela o atacou, Darlan sequer revidou.

Ele desviou de inúmeros golpes seus e tentou falar com ela.

Mas quanto mais a fêmea o feria, mais ele tentava trazê-la de volta.

Até que ela tinha a faca em sua garganta, o mataria.

Foi quando ouviu sua voz, suave e baixa, dizendo que a amava.

Ayla não conseguiu não gritar.

Ela gritou com todas as suas forças, lutando contra as amarras invisíveis que a prendiam.

As amarras, que pareciam prender a fêmea se soltaram, Ayla não soube como, mas aconteceu e ela conseguia arfar ao se ver novamente no controle de seu corpo.

- Darlan - Ela sussurra, diminuindo o aperto da adaga no pescoço dele.

Darlan arregalou os olhos, soltando uma respiração profunda que fez seu corpo sentir o alívio imediato.

- Ayla? - A voz dele saiu baixa e hesitante.

Ayla piscou e seu poder recuou, libertando as mãos dele e soltando-o.

Ela jogou a adaga longe, vendo a mesma quicar pelo chão do salão.

Ela não teve tempo de falar nada quando se voltou para o macho, por quê ele a abraçou, se sentando rapidamente no chão e passando os braços ao redor da cintura dela.

Ayla o abraçou, com todas as forças que tinha, e Darlan enfiou a cabeça na curva do seu pescoço, não se importando com seus ferimentos.

Quando se afastaram, ele acariciou seu rosto, vendo-a sorrir um pouco, mas a preocupação ainda era evidente em seus olhos.

- Machuquei você? - Ela sussurrou.

Sabia que sim.

Mas Darlan negou.

- Não é nada - Ele disse, mas Ayla franziu o cenho e se afastou, observando as costelas dele.

Ela cobriu a boca com a mão ao ver o sangue ensopando a túnica que ele vestia.

Corte de Culpa e Indecisões (2)Onde histórias criam vida. Descubra agora