Nos separamos por falta de ar, as testas coladas uma na outra e ficamos de olhos fechados.
BRAN ‐ Há tempos queria fazer isso. - diz com uma voz grave mais em sussurros.
RHAELLA ‐ Eu também.... desculpe pelo que falei ontem, eu não sabia sobre sua família, não deveria ter dito aquilo, fui insensível. - olhamos para o outro agora.
BRNA ‐ Tudo bem, você não sabia o que aconteceu com minha família, não é sua culpa. - me afasto para poder olhar ele melhor.
RHAELLA ‐ Então me conte. Quero saber mais sobre você.
Seguro a mão dele e o guio de volta pras raízes onde estava à alguns instantes. Ele me conta como foi o início do fim pra sua família. Com a chegada do usurpador, Robert Baratheon, em Winterfell, seu pai sendo nomeado Mão do Rei.
Também fala uma coisa estranha. Desse que quando era criança ele foi empurrado de uma das torres de Winterfell por James Lannister e que logo depois quando acordou viu que não tinha mais os movimentos das pernas.
RHAELLA ‐ Mais como você está caminhando? Eu não entendo.
BRAN ‐ Voltei a ter os movimentos só à alguns messes, graças a magia que recebi quando me tornei o Corvo de Três Olhos. Confesso que foi difícil, já que eu tinha passado anos sem sentir nada da cintura para baixo.
RHAELLA ‐ Então se por acaso, não sei, você perde-se a sua magia? - ele desvia o olhar rapidamente, pois esse é um assunto delicado.
BRAN ‐ Se caso isso acontecer, então.... eu voltarei à ser " Bran, o quebrado "......
RHAELLA ‐ Sinto muito..... Mais como James pode te empurrar da torre? Você era só uma criança. Aquele monstro!
BRAN ‐ Ele diz ter feito por amor.
RHAELLA ‐ Bobagem! Ele fez porque era uma pessoa ruim, por isso.
Me conta como seu pai morreu, logo depois Arya desapareceu, ela conseguiu fugir da capital, mais Sansa não teve tanta sorte. Sua mãe e seu irmão mais velho morreram por traição. Ele fugiu de Winterfell e se aventurou até que foi para além da muralha onde conseguiu seus poderes. A morte de seu irmão mais novo, Rickon, na Batalha dos Bastardos, onde Jon foi vitorioso e derrotou a Casa Bolton libertando Sansa e tomando o Norte de volta.
Realmente vejo como somos parecidos, nossas famílias destruídas simplesmente por causa da ambição das pessoas. Me pergunto, até onde as pessoas são capazes de chegar para obter o poder!?
Decidi contar a ele sobre a minha vida, tudo o que aconteceu até aqui.
Quando eu era criança nós tínhamos que estar sempre lutando, não muito diferente de hoje, eu sei. Os outros Khal's queriam tomar de minha mãe o nosso Khalasar, isso porque ele era, e ainda é, o maior de todos. Claro que eles queriam o poder, todos querem. Por conta disso estávamos sempre em guerra.
Eu vi pessoas, amigos, morreram pra me proteger pós para um Khal, usar um refém valioso resolveria tudo, já que o refém seria eu e claramente minha mãe daria tudo só pra me manter segura, e eles sabiam disso. Nessa época os dragões ainda eram jovens e pequenos, não ajudavam em nada.
Mas quando estávamos em Vaes Dothrak, era a melhor época do ano pra mim. Isso porque lá não é permitido o derramamento de sangue. Mesmo que nos odiasemos não avaria lutas.
Imir, Haggo, Ciri, Ragnar e eu éramos todos bons amigos, mesmo que infelizmente nos reunimos todos somente numa época do ano. Ragnar e Ciri eram irmãos e também de outro Khalasar, mais isso não empedio que uma amizade se formasse. Não gostávamos das brigas entre nossos Khalasar.
É claro que nossa cultura é lutar e guerrear mais não contra nós mesmos, somos iguais. Decidimos treinar e ficar mais fortes pra poder acabar com isso.
Ciri também tinha esse sonho e com os mesmos ideais nós duas nos tornarmos melhores amigas, apesar das circunstâncias.
Mas uma tragédia aconteceu.
Ragnar, irmão mais novo de Ciri, queria desesperadamente provar pro seu pai, um Khal que certamente odiava minha mãe, seu valor e merecimento. Então decidiu que para fazer isso teria que matar minha mãe. Em uma noite silenciosa em Vaes Dothrak, ele entrou em nossa tenda e estava prestes a matá-la quando eu fui mais rápida e fui por trás dele silenciosamente, para defender minha mãe, atravessei minha espada em seu coração que o matou imediatamente.
Eu não queria isso, Ragnar era meu amigo... mais tive de fazer.
Carreguei o corpo dele para um lugar vazio, esperava que ninguém me visse. Estava errado. De alguma forma e com certeza não com a ajuda de Vezhof, Ciri passa neste mesmo momento. O Deus Vezhof está me punindo por quebrar as leis e ter derramado sangue em Vaes.
Ela não entendia, e sinceramente eu também não, eu estava apavorada não sabia o que fazer. Pois se soubessem o que eu fiz, certamente nada de bom resultaria disso.
Sangue de seu amado irmão estava agora em minha mãos trêmulas. Eu queria explicar, mais o que eu diria? " Ah eu o matei porque era uma ameaça pra minha mãe " ou pior " Não fui eu, não sei de nada ". Mais aqui não é permitido lutas, só que isso não impediu Ragnar de tentar assassinato. Ciri também não!
Com ódio em seu coração ela jurou vingança e nossos laços foram cortados.Quando minha mãe soube, deixamos Vaes Dothrak imediatamente. O pai de Ciri também solbe da morte de seu filho e futuro herdeiro de seu Khalasar.... a guerra terrivelmente foi declarada. Minha melhor amiga se tornou minha maior inimiga!
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Uma Targaryen [ Game of Thrones ]
FantasyNo jogo dos tronos, ou vence ou você morre. Não existe meio termo. E apenas o mais forte sobrevive e sai vitorioso, essas são as regras... que vença o melhor. " Em todos os lugares à tristeza e pobreza nas ruas. Pessoas estão morrendo... porque tan...