Capítulo 12 - Adeus Nuvem

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Aquele dia tinha feito bastante calor, mas agora a noite, a brisa suave trazia alento para as pessoas que estavam recolhidas no conforto de suas casas.

Em um pequeno, mas arrumado quarto, um garoto de aparência comum, estava sentado na cama enquanto olhava pela janela. Seus olhos castanhos encaravam o céu escuro pontilhado por pequenos pontos luminosos.

Seu coração estava apertado de saudade e solidão. Talvez porque se despediu das pessoas das Flores de Primavera, isso lhe fez recordar que nunca teve a chance de despedir-se de sua família e amigos de Konoha.

Há três meses, fazia exatamente noventa dias que ela havia deixado sua Aldeia Natal para trás. Fugiu como uma criminosa. A saudade apertava o seu coração a cada dia, como uma ferida sangrenta que começava lentamente a inflamar. Temia que essa dor em algum momento lhe matasse.

Suspirando, Harumi, que ainda estava disfarçada de um garoto itinerante de 14 anos, moveu-se para sentar com as costas contra a parede da janela e cruzou as pernas. Suas pálpebras se fecharam e ela buscou regular a sua respiração enquanto sua mente se acalmava.

— Kyuubi-sama! — ela chamou pela criatura detentora de poderoso chakra. O recinto parecia mais escuro que o normal e o ar parecia ainda mais carregado de ódio. Harumi esfregou seus braços quando calafrio arrepia seu corpo. — Vai realmente a ignorar? — Ela esperou pela resposta, mas essa nunca veio. — Ok, talvez tenha exagerado um pouco, desculpa. — Harumi admitiu. Orgulho ou arrogância não teria nenhum benefício para ela. Sua meta era sobreviver, e para isso, faria tudo o que fosse necessário.

A raposa de nove caudas abriu seus olhos vermelhos e encarou com irritabilidade a filhote de humano.

Harumi manteve-se firme mesmo diante daquele olhar frio.

— Só que fiquei chateada que me influenciou a matar aquele homem, mas também sei que uma parte foi minha própria decisão. — ela disse sem medo. Moveu-se para mais perto da grade da cela do poderoso Bijuu e sentou no chão com as pernas cruzadas.

A raposa abriu a boca e seu hálito quente soprou na pele pálida da adolescente enquanto ele falava.

— É fácil culpar os outros! — A voz rouca da raposa ecoou pelo mindscape vazio.

Harumi revirou os olhos. — Neh, você não pode negar que atiçou a raiva naquela hora. — Ela achava que aquela criatura era muito temperamental e bipolar. No fundo, o grande e poderoso bijuu de nove caudas era um ser solitário.

— Ele merecia morrer!

— Não discordo, mas apenas prefiro as coisas menos bárbaras. — Ela mediu com cuidado as suas palavras — Talvez... um toque com maior elegância?

A raposa riu com escárnio:

— Quer elegância para matar?

Harumi revirou os olhos diante do desdém da raposa.

— Eu gosto das coisas feitas de forma calculista e estratégicas — ela disse. Sua vida estava em risco, sabia que qualquer erro era perigoso, por isso tudo devia ser considerado.

— Lamento se meu método não lhe agrada. — O Bijuu disse com tom irritado, mas não havia raiva realmente em sua voz.

— Enfim, iremos embora amanhã! — a garota informou. Ao mesmo tempo, queria embora de Kumk, devido os riscos que corria ali, temia o mundo fora das proteções que a aldeia trovão fornecia. — Estava pensando o que o mestre Kento disse. Sobre esconder melhor a sua presença.

— A hospedeira da Matatabi não percebeu.

Harumi tombou a cabeça de lado com um olhar curioso.

— Mas é Nibi? Por que o chamou de Matatabi?

A garota do time 7 - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora