Capítulo 11 - Raiva

771 122 67
                                    

Kiba sentia uma raiva incontrolável. Sua personalidade era naturalmente feroz, contudo, nas últimas semanas, havia de ser tornado cada vez agressiva.

Desde aquela noite.

A culpa o estava destruindo por dentro. Ele nunca deveria ter deixado seu melhor amigo no canil. Akamaru tinha feito arte, mijado novamente em sua cama, e o sensei adestrador do clã orientou a correção. Ainda que contrariado, Kiba obedeceu e deixou Akamaru no canil com os outros filhotes, diferente do habitual, em seu quarto.

Incapaz de olhar para os outros com seus ninkens, o adolescente seguiu para a floresta que ficava dentro das terras do clã. Ele criou o habito de ir lá quase todos os dias. Apenas andava sem rumo.

Kiba não sabia que depois daquele dia não veria mais seu companheiro. De alguma forma, a propriedade Inuzuka foi invadida e ninkens foram roubados, incluindo Akamaru. Alguns deles iria encontrar ainda seu companheiro humano, a próxima cerimônia de fraternidade seríamos no início da primavera.

Ele gritou com sua mãe para permitir que fosse atrás de Akamaru, mas Tsume não permitiu. O esquadrão que ela enviou de Inuzuka, Aburame e Hyuuga seguiram o ladrão até divisa da fronteira de Konoha e Kumo, mas não puderam mais prosseguir. Não quando um tratado de paz tão frágil pairava entre às duas nações. Agora, Konoha não podia se envolver em qualquer conflito.

Shino chegou a visitá-los algumas vezes, mas o Aburame era muito prático em sua visão em relação à vida, e não sabia como consolar seu companheiro de time.

A dor pela perda do amigo parecia consumir Kiba a cada dia. Ele tinha parado de ir aos treinos ou realizar as missões. Estava sempre de mau-humor e descontava nas pessoas ao seu redor.

Kurenai chegou a ter séria conversar com Tsume. A líder do Cla Inuzuka explicou para a jounin como a situação era difícil. Para um Inuzuka perde um ninken era como perder um braço a perna, o tornando quase incapaz de prosseguir com a carreira ninja.

Kiba estava com uma raiva evidente. Aquele dia, ele gritou com sua mãe no café da manhã somente porque ela pediu que ele comesse mais devagar. Irritado, ele saiu de casa batendo a porta e rumou para a floresta em circulava o distrito do clã.

Kiba parou e sentiu em uma pedra grande a achatada. Seus braços envolveram as suas pernas e ele apertou os olhos com força, tentando inutilmente impedi que as lágrimas transbordassem.

Quando o som de galho quebrando ecoou pela silenciosa floresta, Kiba rapidamente enxugou as lágrimas. Ele não sacou sua arma ou ficou em alerta, pois seu olfato aguçado, denunciou quem era a pessoa.

— O que faz aqui Sakura? — Kiba perguntou com grosseria.

Sakura olhou com firmeza para seu companheiro de time. Nas últimas semanas ela esteve atarefada. Treinar com Tsunade, estagia no hospital e treinar com Kurenai, realmente tomou muito do seu tempo.

Nem por isso, ela deixou de perceber como o time 8 estava desmoronando. Kiba não participava dos treinos e Shino tornava-se cada vez mais calado.

— Você está se tornando desleixado nos treinamentos. Se Kurenai-sensei não vai fazer nada, eu tenho que intervir — disse Sakura com firmeza.

Kiba ergueu a cabeça e a olhou com raiva.

— Caso não recebeu o memorando, eu não tenho mais parceiro de treino.

Sakura bufou:

— Que quer Akamaru sinta desgosto quando volta? Ao ver qual patético se tornou? — As palavras de Sakura poderia ser cruéis, mas ela sabia que somente assim, poderia fazer Kiba reagir.

A garota do time 7 - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora