Capítulo 15 - Olá, sensei!

768 125 37
                                    

A brisa noturna que balançava as folhas das árvores e dos grilos que cantavam sem parar. A maioria da Aldeia dormia profundamente, considerando o horário, mas uma mulher não conseguia descansar seus ossos velhos.

Sua mente não conseguia se aprofundar nas terras do sono, afinal, a inesperada visita havia lhe trazido tantas surpresas que era difícil desligar-se dos pensamentos e emoções que tomaram conta dela. Como poderia dormir com tanta agitação em seu coração?

— Não posso negar, ela é boa - A voz do experiente do mestre boticário capturou a atenção de Uzumaki Yumi, mas seus olhos permaneceram fixos no horizonte. Embora ela estivesse prestando atenção às palavras do velho Kento, sua mente parecia distante, como se sua concentração estivesse dividida entre o presente e algum pensamento ou preocupação anterior.

Yumi estava sentada confortavelmente em frente a uma mesa baixa de chá na varanda do tradicional casa oriental. Esta era a maior casa dentro do distrito Uzumaki, que nos últimos meses vinha passando por reformas.

O local era pequeno em comparação aos complexos do Nara ou Uchiha, mas para o diminutivos integrantes do Clã do Redemoinho, parecia enorme.

— Então você percebeu! — Sua voz soou indiferente e seu rosto não mostrou nenhuma emoção, porém seu coração pulsava loucamente.

A xícara de chá era segurada com firmeza pela mão magra, todavia o líquido estava frio há muito tempo.

Kento sentou-se na almofada em frente à mesa baixa e, com um rápido selo, aqueceu o bule de chá e serviu para si uma xícara e uma nova para a mulher à sua frente. Mesmo após dias na Aldeia das Folhas, ainda não podia acreditar que reencontrou um parente.

— Que a sua neta desfez os selos de proteção e entrou no complexo? — Seu tom mordaz ainda estava intacto — Um ótimo trabalho, porém ainda precisa de refinamento.

Yumi finalmente moveu a mão e tomou pequeno gole do chá reaquecido. — Sim, ela será uma grande mestre de Fuuinjutsu futuramente.

— Dependerá se sobreviverá. O mundo lá fora não é gentil. — Kento nunca foi um homem gentil. As tragédias da vida o tornaram duro, mas nem por isso cruel.

— Eu acredito nela!

O homem deu mais alguns goles em sua bebida quente. — Não sei dizer se você é sábia ou tola, prima!

Yumi bufou. — Sempre gentil como sempre! — ela não ficou realmente com raiva das palavras do homem.

— Irá informar ao Hokage?

— Deveria? — Os olhos sombrios aprofundaram-se, carregados de significados ocultos.

Uma brisa gelada acariciou suas peles, mas por sorte, ambos usavam um jutsu que formava uma camada protetora na pele. O frio noturno não os incomodava.

— Tolos são os que não perceberam a verdade ainda — Yumi olhou para ele com um sorriso.

-oOo-

Minato gemeu enquanto encarava a pilha de relatórios que esperava por ele naquela manhã. Mesmo usando os clones das sombras para dar conta da montanha de serviços, no dia seguinte, outra muralha de papel lhe esperavam.

Ele sentou na cadeira e estalou os dedos, não adiantava reclamar, esse era seu sonho, por isso, tinha que lidar com as partes chatas. Antes que o homem loiro lesse as primeiras linhas do relatório que pegou, sua secretária bateu na porta e entrou. A mulher bem vestida carregava uma bandeja com jarra de água fresca e alguns biscoitos.

— Senhorita Shion, informe ao Nara Shikaku que preciso vê-lo hoje. Pode marcar uma reunião para as 2 horas da tarde.

— Claro, Hokage! Os primeiros clientes já chegaram e estão passando pela triagem com o setor responsável, mas há um caso em especial que alega precisar falar diretamente com você.

A garota do time 7 - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora