Capítulo 29 - Terceira Cauda

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Harumi estava em pé à beira de um penhasco, enquanto o vento soprava suavemente seus cabelos castanhos. Seus olhos estavam fixos no horizonte distante, onde o oceano se estendia até onde os olhos podiam alcançar.

As ondas quebram nas rochas lá embaixo, criando uma sinfonia natural que preenchia o ar com uma sensação de serenidade.

Ao lado de Harumi, a raposa Kurama em miniatura descansava com elegância. Seu pelo vermelho brilhante contrastava com a paisagem costeira. Kurama mantinha um olhar desinteressado, mas a verdade era que a grande besta estava curiosa com o que a garota ia fazer.

Fazia alguns dias que tinham deixado a aldeia da Névoa após o fuuinjutsu de selamento das almas dos grandes guerreiros de Kiri. Sua lista de tarefas a serem executadas eram bem expensas e o tempo curto.

Ela temeu que seria perseguida, mas nenhum caçador de Kiri veio a sua procurava. Isso confirmou as palavras de Haru, o jovem não denunciou para ninguém a sua breve presença na Aldeia da Névoa Sangrenta.

O céu estava tingido de tons quentes e suaves à medida que o sol se aproximava do horizonte, pintando o céu com cores de laranja, rosa e violeta. Era um espetáculo de tirar o fôlego, e Harumi e Kurama, em pé no penhasco, pareciam estar em harmonia com a natureza, absorvendo a beleza do momento e a paz que o cenário proporciona.

Harumi mordeu o polegar e fez uma sequência de selos manuais antes de bater a mão no solo e as escritas pretas aparecem. Segundos depois, quatro raposas espirituais apareceram ao seu redor, seus olhos brilhando com uma intensidade de poder

Nos chamou, mestre Harumi!, a raposa de pelagem branca falou, mas sua boca nunca se moveu, pois sua voz ecoava na mente da invocadora.

A segunda raposa era menor em tamanho, contudo nem por isso em força, Seus pelos eram negros como a mais escura noite e seus olhos dourados.

A terceira e quarta raposa eram pequenas, com habilidosas ilusões. As duas eram gêmeas, por isso, ambos eram um laranja-claro. Kuzuri e Kaze a lembravam perfeitamente de Sasuke e Naruto, pois brigavam iguaizinhos os seus dois amigos.

— Sim, preciso da ajuda de vocês — disse Harumi com respeito e autoridade — Kuzuri e Kaze erguem uma barreira pelo perímetro — ordenou Harumi — Já Oame e Genso criam uma ilusão dois quilômetros após a barreira.

Seus olhos estavam fixados no oceano à sua frente. Ela não se preocupou em observar suas invocações, pois sabia que poderia confiar nas mesmas para fazer o que pedia.

Harumi fechou os olhos, e quando voltou abrir, as íris castanhas se tornaram roxas brilhantes. Um chakra amarelo borbulhou de suas costas, e as correntes adamantinas surgiram e seguiram em sentido ao mar. Grossas e longas, afundaram em várias direções no mar abaixo, criando pentagrama com mais de 5 quilômetros de distância.

Isso vai funcionar?, indagou a raposa de nove caudas em miniatura, em uma pose relaxada, mas com olhar atento a tudo que sua hospedeira faz.

— Vamos descobrir agora! Considere um teste antes de Gaara-kun!

Harumi tirou um pencil feito de madeira de Salgueiro, presente que recebeu de Yoku-sensei, e sem precisar de tinta, ela começou a desenhar um trincado e complexo fuuinjutsu no ar. Os símbolos e kanji surgiram em um brilho dourado, pois ao invés de tinta, era usado chakra para criar. Seus movimentos eram precisos e velozes, como se estivesse dançando uma valsa mágica.

Ao finalizar o selo, que demandou quase trinta minutos para ser desenhado, Harumi guardou o pincel e sacou uma kunai. Ela cortou uma pequena ferida na palma da mão, e depois fez seu próprio sangue fluir, cobrindo áreas específicas no lindo selo a sua frente.

A garota do time 7 - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora