Capítulo 21 - Especial Overcoming barriers

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Kim Namjoon (Nam/RM)

Atento, olhando para o retrovisor, vou dando ré com calma e com o maior cuidado do mundo, estacionando o carro na garagem da minha casa, solto um suspiro aliviado por mais uma vez conseguir estacionar o carro sem quebrar ele.

Acho que faz mais de quatro anos que eu aprendi a dirigir, comecei por causa da Bora, que está dormindo no banco de trás depois de busca-la na aula de taekwondo. Quando a bolsa da Na-ri havia estourado e eu tive que ligar para o Jin por não saber dirigir, eu parei pra pensar e percebi que tinha que aprender o quanto antes, pois logo os meninos iriam ter sua família e eu não quero viver de carona, muito menos quero os staffs me levando pra cima e para baixo como faziam. Eu queria poder levar a Na-ri para encontros, queria poder levar minha família para outros lugares sem precisar dos staffs ao meu lado, na minha cola todo momento.

Por isso eu aprendi a dirigir e agora estou aqui, sendo o homem mais feliz do mundo após buscar minha filha da aula.

- Bora, minha filha. – Sussurro a chamando, tirando seu cinto com cuidado e envolvendo meu braço em seu pequeno corpo.

Bora murmura alguma coisa e deito sua cabeça em meu ombro assim que pego ela no colo, com cuidado coloco sua bolsa roxa cheio de glitter em meu ombro e fecho a porta do carro, travo o carro e coloco minha mão nas costas da Bora. Abro a porta de casa e tiro meus sapatos, em seguida tiro o tênis da Bora.

- Jagya! Cheguei! – Aviso indo em direção à cozinha, onde sabia que ela estaria por estar cozinhando o almoço de hoje.

- Oi! – Ela abre um sorriso e eu automaticamente sorrio, admirando ela. – Bora dormiu?

Ela se aproxima e antes de ver a Bora, ela fica na ponta dos pés e da um selinho em meus lábios, em seguida eu acaricio sua barriga enorme.

Não vejo a hora de a nossa nova garotinha nascer.

- O treinador disse que ela aprendeu um novo golpe, então isso a deixou exausta. – Explico, me lembrando do que o treinador havia falado para mim.

- Coitada da minha bebezinha. – Na-ri diz com um tom de pena e acaricia o rosto da Bora, que ainda dormia em meu colo.

- Vou coloca-la na cama, já volto. – Aviso e ela concorda se afastando.

Entro no quarto da Bora e com cuidado desvio de alguns brinquedos que estavam espalhados pelo quarto, coloco minha mão na cabeça dela e sem que acordasse, eu a coloco na cama e a cubro com sua coberta roxa. Bora é fascinada por roxo, seu quarto inteiro é roxo, seu material escolar é roxo, seu banheiro também é roxo e qualquer coisa que ela pedisse pra comprar, tinha que ter pelo menos um pingo de roxo.

Eu nunca acertei tanto no nome da minha filha.

Bora em coreano significa roxo, eu e a Na-ri escolhemos esse nome especificamente por isso, mas também para homenagear as armys que tanto amamos.

Ao sair do quarto da Bora, eu me assusto ao escutar algo se quebrando no chão. A primeira coisa que pensei foi na Na-ri, então eu fui correndo para a cozinha e quando chego lá, eu a encontro apoiada no balcão com expressão de dor e estilhaços de vidro no chão.

- Fica aí, não saia! – Peço assustado e vou correndo pegar uma vassoura. – São contrações de treinamento?

Faz um mês que as contrações de treinamento começaram e me sinto um inútil por não poder fazer nada, eu apenas acariciava suas costas para mostrar apoio a ela enquanto ela está sentindo uma dor infernal.

- Eu não acho que seja. – Assim que ela termina de falar, escutamos algo caindo, como se tivesse agua caindo no chão. – A bolsa estourou.

Arregalo os olhos e solto a vassoura no desespero, a deixando cair no chão, eu vou em direção da Na-ri desviando dos cactos de vidro e passo meu braço por sua perna, a pegando no colo como noiva.

- Eu vou deixar você no sofá, vou pegar uma roupa e as coisas da bebe. – Digo tentando não parecer desesperado.

Coloco ela com cuidado no sofá e vou correndo para nosso quarto, pego o primeiro vestido e calcinha que vi no closet e vou até ela, com sua ajuda eu tiro a roupa que ela estava usando e coloco o vestido com cuidado, em seguida coloco a calcinha. Segurando a roupa que estava molhada, eu coloco no cesto de roupa suja que ficava no nosso banheiro, depois vou para o quarto da bebe e pego a bolsa que estava pronta desde que ela entrou no nono mês de gestação.

- Eu vou ligar...

- Eu já liguei para a Ji-hye, ela ira vir pra cá com o Jin e vai ficar com a Bora, no caminho vão ligar para o restante. – Na-ri diz calmamente, deixando seu celular no sofá.

- Está doendo muito? – Pergunto preocupado, me sentando no sofá ao seu lado, pegando sua mão.

- Pra porra. – Ela diz com uma expressão de dor e eu tive que segurar pra não rir. Na-ri não tem costume de dizer palavrão, então chega a ser engraçado, mas também preocupante.

- Você aguenta né? – Pergunto segurando sua mão firme, a sentindo apertando quando tem contração.

Antes que ela pudesse responder, eu escuto a campainha tocar e vou até a porta de forma apressada. Não deu tempo pra eu abrir toda a porta, Ji-hye já entrou empurrando tudo, indo até a Na-ri.

- Desculpa. – Jin pede rindo, ao entrar em casa segurando sua filha mais nova no colo, já o mais velho já estava grudado na mãe.

- Podem ir, eu fico com a Bora e cuido da casa. – Ji-hye diz ajudando a Na-ri levantar do sofá.

- Se não for um problema, podem limpar a cozinha? A Na-ri acabou deixando algo de vidro cair no chão e sua bolsa estourou lá. – Digo pegando a Na-ri pelo braço e colocando a bolsa da bebe no meu ombro.

- Claro! – Jinnie hyung disse. – Pode ir, eu já avisei o restante.

- Obrigado. Obrigado de verdade. – Agradeço aos dois e levo a Na-ri para o carro.

Coloco ela no banco de trás e rapidamente dou a volta no carro, entro no carro e ligo ele, antes de sair eu ligo para o obstetra e dou partida esperando ela atender.

"Alo?" – A voz da obstetra ecoa pelo carro.

- A bolsa da Na-ri estourou, tem mais ou menos seis minutos que isso aconteceu. – Digo prestando atenção na rua.

"As contrações estão em quanto tempo?" – Ela pergunta e rapidamente eu levo meus olhos para a Na-ri, pra que ela pudesse responder.

- No intervalo de cinco minutos. – Na-ri responde, me fazendo arregalar os olhos. Ela estava sentindo dores esse tempo todo e não me falou?!

"Estarei esperando os dois e prepararemos a sala." – A obstetra diz antes de desligar.

- Porque não me contou? – Não resisto a perguntar.

- Namjoon, não queria o deixar preocupado mais do que já está e eu pensei que fosse contratação de treinamento, mas ficou forte e depois a bolsa estourou. – Ela explica e mais uma fez resmunga de dor. – Sei que não gosta de acelerar. Mas, por favor, acelere.

Faço oque ela pede, acelero a velocidade do carro e vou o mais rápido para o hospital, agora minha filha irá nascer e eu não posso estar mais ansioso para vê-la em meus braços, escutar ela chorar em plenos pulmões e sentir sua força quando segurar meu dedo com sua pequena mãozinha.

Hoje, definitivamente me tornarei pai de duas meninas.

...

Meu estoque de escrever sobre partos acabou kkkk Mais um bebe pra conta da família BTS

Até amanhã!!

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My Sweet Past - Livro 7 (BTS) Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora