Capítulo 38

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Hwang Eun-ji (S/N)

Dias depois...

Dias se passaram como a velocidade da luz, fiquei no hospital por mais dois dias e depois fui liberada quando tiveram a certeza de que não correria mais nenhum risco.

Nesse tempo varias coisas aconteceram.

A primeira foi a visitas dos pais do JK e como a mãe do JK ficou feliz por finalmente eu e o JK estarem junto, pois ela torcia muito pela gente desde que éramos amigos no ensino médio. Nessa visita, eu percebi que o JK não tratava a mãe dele da mesma forma que tratava antigamente. Primeiramente eu pensei que é porque ele cresceu e não gosta de ser tratado como um bebê como antes, mas depois que eles foram embora, eu não consegui segurar minha língua e perguntei oque tinha acontecido entre ele e sua mãe.

Foi ai que ele me contou sobre a historia da Seo-yun ser sua irmã.

Quando ele me contou, eu fiquei em choque. Chocada pelo oque a mãe dele fez e fiquei com dó da Seo-yun por tudo que ela passou durante esse tempo até conhecer o Taehyung. Olhar para a mãe dele e pensar que ela ousou trair o pai dele, me da um aperto do coração. O Sr. Jeon, é um homem muito bom e sempre respeitou a Sra. Jeon, ele sempre a tratou com amor e carinho, dava pra ver que ele amava muito ela, mas agora ela eu não sei.

Depois da visita dos seus pais, foi à vez dos meus pais aparecerem e isso deixou o JK muito tenso, mais muito tenso mesmo. Ate parecia que ele não conhecia meus pais. Ele falava igual robô, todo travado e sempre se oferecia para pegar as coisas, também cuidava bem até demais de mim na frente dos meus pais, como se tivesse provando que ele seria um ótimo namorado e pai.

Foi engraçado quando meus pais saíram do quarto. Ele se jogou no sofá e ficou resmungando com si mesmo por vários minutos.

Até quando me dava banho – oque não era necessário, mas ele fez ser necessária a ajuda – ele ficou resmungando com si mesmo.

Um doido com certeza.

Se passaram dois dias e eu tive alta do hospital. A ideia era ir pra minha casa, mas por causa da insistência irritante do JK, eu acabei cedendo e fomos para seu apartamento. Isso foi tudo de manhã. Ate que chegou a tarde e quando estava assistindo jornal na televisão, apareceu à prisão temporária do Pierre na penitenciaria aqui na Coreia e que depois de uma semana ele seria transferido para a penitenciaria da França. Quando eu soube, eu não pensei duas vezes em falar com JK sobre a minha vontade de ir visitar o Pierre na prisão.

Claro que ele foi contra de primeira e isso gerou uma enorme discussão entre a gente, que não durou nem dez minutos, porque ele simplesmente atacou minha boca e me levou pro quarto. Poderia ser os hormônios da gravidez, ou a saudade que eu tinha dele, mas só paramos de transar quando vimos que a noite já estava se tornando dia.

- Eu vou com você. – JK aparece na sala todo arrumado.

- Não vai não. – Me levanto do sofá e coloco a alça da minha bolsa no meu ombro.

- Se eu não for. Você não vai. – Ele diz batendo pé, me fazendo revirar os olhos.

E lá vamos nós de novo discutir sobre minha ida a penitenciaria.

- Kookie, os seguranças vão comigo. – Digo pra ele e ele me ignora indo até a mesinha que ficava do lado da porta, pega sua chave e sua carteira. – Jung-kook...

- Eu não vou deixar minha namorada e mãe do meu filho, ir para aquele lugar nojento sem mim. – Ele diz bravo e cruza os braços, fazendo um bico maior que a cara.

Parece até uma criança mimada.

- Você não vai entrar comigo. – Digo cedendo e passo por ele saindo do apartamento.

O caminho foi em completo silencio, eu fiquei virada de lado olhando a vista pela janela, ignorando o sorrisinho do JK por ter conseguido ir comigo na penitenciaria.

Acho que foi uma hora de viagem até lá e quando chegamos já estavam esperando, mostro meu documento e o JK faz o mesmo, depois digo com qual detento eu vim visitar e eles me levam até uma sala. É uma sala grande e tinha mesas espalhadas, da pra vários detentos receberem visitas ao mesmo tempo. O JK entrou comigo, mesmo eu dizendo que não ia entrar, ele se meteu na minha frente e entrou na sala.

- Ora, ora quem temos aqui! – Pierre diz com um sorriso nojento, assim que entra na sala e percebe minha presença. – O namoradinho também veio.

Ele olha para o JK de forma debochada. JK se mantem no canto de braços cruzados e de cara fechada.

- Pierre senta logo que eu não tenho tempo. – Digo sem paciência para as brincadeirinhas dele.

- Oque você quer aqui? – Ele pergunta sentando na minha frente e coloca suas mãos algemadas na mesa. – Veio confirmar se eu estava preso?

- Eu seria uma delas? – Pergunto ignorando sua pergunta, o fazendo arquear a sobrancelha. – Assim que se casasse comigo, eu serei mais uma das vitimas do tráfico?

Essa é a pergunta que rodeia minha cabeça desde que eu terminei tudo com ele. Descobrir tudo que ele e sua família fazia, me fez pensar se eu seria mais uma vitima, fazendo sentir um medo que eu nunca senti antes.

- Não traficamos a nossas mulheres. – Ele diz sem expressão alguma, relaxando na cadeira. – Você era um caso completamente diferente.

- Como assim diferente? – Pergunto.

- Eu realmente me interessei por você naquela boate, mas infelizmente deu no que deu. – Ele diz desviando o olhar pra baixo.

- Deu no que deu? – Dou uma risada irônica. – Pierre você me traiu na onde deveria ser a nossa cama.

- Eu já expliquei que foi uma fraqueza. – Ele diz soltando um suspiro pesado.

- Fraqueza? – Pergunto sem acreditar. – Pierre você não me engana, você fez aquilo por que quis, porque você é um babaca e todas as vezes que dizia que me amava eram mentiras.

- É. – Ele ergue a cabeça me olhando. – Eu realmente nunca te amei, mas e você? Você me amou? Porque aceitou casar comigo?

Se ele fizesse essa pergunta um tempo atrás, eu não saberia como responder, mas agora eu sei.

- Não, Pierre. Eu nunca te amei, eu cheguei a gostar de você, por isso aceitei o pedido. – Digo dando de ombro. – Acreditei que eu poderia amar você caso a gente casasse.

- Casaria comigo se eu não tivesse te traído? – Ele pergunta e eu seguro pra não rir.

- Desculpa, mas nem morta. – Digo apenas isso e me levanto. Mas antes de sair dali, eu me viro e falo. – Se quiser uma frase pra sua lapide, é só me ligar.

Dou um sorrisinho e pego na mão do JK, puxando ele pra fora daquele lugar que cheirava a esgoto.

Agora sim, eu sinto que terei minha paz.

...

Eun-ji doidinha querendo ir ver o Pierre misericórdia kkkk

Não chorem, mas amanhã já será o ultimo capítulo e o epílogo EBAAAA sinto cheiro de férias!!!

Até amanhã!

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My Sweet Past - Livro 7 (BTS) Completo Onde histórias criam vida. Descubra agora