Capítulo 34

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Hwang Eun-ji (S/N)

BIP! BIP! BIP!

Onde estou? Que barulho é esse e porque tem um cheiro forte de desinfetante?

Meus olhos vão se abrindo aos a poucos e uma luz forte faz meus olhos arderem, fechando com força, antes de abri-los novamente. Não demorou para eu perceber que estava no hospital, a primeira coisa que tinha visto, foi o teto branco e depois a maquina que estava ligada, e conectada em mim, ditando meus batimentos cardíacos, minha saturação e minha pressão.

Ver que estava no hospital, à primeira coisa que eu penso é no meu bebê.

Sem pensar duas vezes, eu levo minha mão, que havia um acesso nela, até meu ventre e sinto uma imensa vontade de chorar, um choro de raiva e medo, raiva porque o babaca do Pierre voltou e voltou para confirmar mais uma vez, que ele é um babaca escroto e nojento, me fazendo questionar sobre como eu permiti me relacionar com ele, como eu tive coragem de aceitar seu pedido de casamento, ainda mais depois de descobrir que ele é um merda, tanto no presente, quanto no passado.

O medo é o medo de perder meu bebê. Por mais que quando descobri a gravidez eu fiquei com medo, ter o JK ali do meu lado, me fez perceber que não estaria sozinha nunca, que ele cuidaria de mim e do nosso filho, independente de tudo.

Eu fiquei tão assustada com a forma que o JK ficou, de como ele socou o Pierre de forma desenfreada, sujando o rosto do Pierre de sangue e o chão da minha casa também. Eu não sinto medo do JK por isso, eu sinto apreensão do que pode acontecer daqui pra frente, eu conheço o Pierre suficiente pra saber que ele não deixaria tudo isso assim, que ele arrumaria um jeito de rebater, de se vingar e de nos prejudicar, como o JK o prejudicou.

Isso faz me sentir culpada, pois se eu não tivesse me separado do Pierre, ou se eu não tivesse voltado pra Coreia e ter ido para outro país, um país totalmente desconhecido, Pierre não me acharia e não invadiria a minha casa, eu não teria reencontrado o JK e não estaríamos juntos, não teríamos nada que temos agora.

Porque justo agora?

- Eun-ji (S/N)? – Escuto uma voz masculina me chamar e viro minha cabeça em direção à voz, vendo que é o JK.

Ele estava sentado ao meu lado, sua mão direita está na minha barriga e sua cara está amaçada, provavelmente estava dormindo enquanto eu também estava dormindo.

- Eu te acordei? – Pergunto baixinho, sentindo meu coração acelerar ao ele dar um sorriso grogue de sono.

- Você está bem? – Ele pergunta com a voz rouca e inclina seu corpo pra cima, se aproximando e dando um pequeno selinho em meus lábios.

- Estou bem, só um pouco com sede. – Digo sentindo minha garganta seca.

- Vou pegar agua pra você. – Ele da um pequeno sorriso e da à volta na minha cama, pegando a jarra de agua e colocando um pouco de agua no copo. – Toma.

Dou um sorriso como agradecimento e pego o copo de agua, foi nesse momento que percebi que suas mãos estavam enfaixadas e automaticamente me lembro dos socos que ele havia dado no Pierre.

- Suas mãos. – Falo olhando para elas, o fazendo olhar para elas também.

- Está tudo bem. – Ele diz dando de ombro e sorrindo. – Só arranhou um pouquinho, te garanto que o babaca está pior que eu.

JK não parecia se preocupar com isso.

- Onde ele está? – Pergunto me referindo ao Pierre.

- Suga hyung o deixou num beco qualquer e disse que ele está horroroso. – Ele diz começando a rir e eu arregalo os olhos.

Como assim em qualquer beco?

- Não se preocupe com ele, se ele reaparecer eu não vou deixar que ele te importune. – Ele diz sorrindo e deposita um beijo na minha testa, nariz e depois na minha boca. – Agora temos que cuidar do nosso filho.

Nosso filho...

- Ele está bem?! – Pergunto preocupada colocando a mão em meu ventre, me lembrando do motivo de estarmos no hospital.

- Ele está super bem. – Ele diz abrindo um enorme sorriso e beija a minha mão que estava na minha barriga. – A obstetra disse que quase houve um descolamento, mas por causa da rapidez que viemos para cá, deu tempo deles reverterem e agora nosso bebê está firme e forte. Só que ficaremos alguns dias aqui de observação, pra não ocorrer de novo.

Um alivio se alojou em meu peito quando escuto ele dizer que está tudo bem com nosso filho, eu não sei oque faria se o tivesse perdido, tenho quase certeza que eu iria atrás do Pierre e acabaria eu mesmo com ele.

- Hoseok se você não calar essa maldita boca, eu juro que eu soco você. – Anna diz brava, seguindo o J-hope que tinha uma expressão de raiva, enquanto entram no quarto.

- Vai sorrir pra aquele maldito enfermeiro e não me enche. – J-hope rebate de volta, também com raiva.

Olho para o JK e ele olha para mim, pergunto em silencio oque estava acontecendo e ele apenas da de ombro sem saber oque estava acontecendo, mas olhando para os dois e pelo oque o J-hope tinha falado, provavelmente um enfermeiro deu mole para a Anna e o J-hope ficou com ciúmes.

- Hoseok você não me estressa. – Ela diz apontando pra ele e depois leva os olhos para mim, e pro JK. Ela ajeita sua postura e sorri. – Ah oi pra vocês!

Eu não consegui, comecei a rir, praticamente gargalhar por causa da briga besta dos dois e a mudança drástica de humor da Anna.

Ela é uma comedia.

- Cadê os gêmeos? – JK pergunta olhando pelo quarto.

- Na casa dos meus pais. – J-hope responde emburrado no sofá.

- Vocês estão bem? – Pergunto olhando para os dois.

- Sim. – Anna responde.

- Não. – J-hope responde.

Os dois respondem ao mesmo tempo e se olham, vejo faíscas saírem no olhar um do outro, parecia até que estavam brigando apenas com o olhar.

- Para de me olhar assim. – Anna diz ainda olhando pra ele.

- Por quê? – J-hope arqueia a sobrancelha e da um sorrisinho.

Alguém traz a pipoca, por favor?

- Com licença, eu preciso ter uma conversa séria com meu marido. – Anna diz olhando pra gente e vai até o J-hope, pega ele pela camisa e sai arrastando ele pra fora do quarto, enquanto ele mantinha um sorriso malicioso no rosto.

- Eles não parecem que vão conversar. – Digo olhando para a porta.

- Claro que não. Daqui uns minutos o J-hope vai aparecer com o cabelo todo bagunçado e com um chupão enorme no pescoço, enquanto ela vai aparecer com um sorriso maior que a cara. – JK diz rindo e também olhando para porta.

- Como você sabe? – Pergunto olhando para ele.

- Eu te garanto. Depois que o J-hope casou com a Anna, não importa briga e nem lugar, eles sempre resolvem transando. – JK diz me deixando surpresa, tão surpresa que eu começo a rir. – Sem contar que eles ficam um grude só depois.

- Misericórdia. – Murmuro rindo.

- Não sei como não tiveram outro filho, parecem dois coelhos. – Ele diz dando uma risadinha.

- Olha quem...

- Ligam a televisão agora. – De repente o Jin, o mais velho do grupo, entra no quarto e apressado pega o controle, e liga a televisão.

Olhamos pra televisão confusos e depois arregalo os olhos vendo quem estava na tela.

- Desculpa, eu não consegui impedir. – Ji-hye diz entrando no quarto.

Eu sabia. Eu sabia que ele daria um jeito de se vingar.

...

O diabo não dá descanso misericórdia!

Até a próxima!

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