I'm not disloyal

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Melissa Montegomery POV

Justin havia me resgatado no hospital, e de verdade eu nem sei como foi que ele conseguiu ter acesso a mim. Ele disse que conhecia a doutora Kepner e fiquei tentando imaginar de onde. Fomos conversando até chegar no aeroporto, mas ali no carro eu estava mais tranquila, e de certa forma sem nenhuma vergonha dele, eu só me sentia protegida, minhas marcas naquele momento não importavam. Só que quando chegamos no avião, todos ficaram me olhando e ninguém falou absolutamente nada. Me sentei ao lado de Justin e como estava medicada, não foi difícil pegar no sono.

Acordei com a Emilly me chamando.

-Amiga, Mel.. -abri os olhos. -Meu Deus, como é bom te ver. -as lágrimas escorrem de nossos olhos.

-É bom te ver também.

-Vamos, eu vou te ajudar a descer. -só estávamos nós duas no avião.

-Cadê todos? -ela me ajudou a levantar, eu me sentia um pouco grogue.

-Eles saíram do avião para te dar mais privacidade.

-Privacidade para minhas marcas? -olhei para ela e começamos a descer as escadas.

-Mesmo toda machucada você continua linda.

-Esse é o tipo de coisa que Tyler diria.

-Desculpa. -na ponta da escada tinha uma cadeira de rodas e no aeroporto tinha uma ambulância. -Nós vamos para o hospital, a doutora Kepner conversou com a doutora Yang e é melhor você passar o dia em observação.

-Não. Eu não vou para nenhum hospital. Muito menos para o que eu trabalho. -o desespero tomou conta de mim, voltar para o hospital me deixaria vulnerável a Tyler e seria impossível trabalhar ali depois.

-Você precisa ir, Mel. Teve uma overdose medicamentosa, tem costelas fraturadas.

-Não, Emilly. Eu não vou. Eu não quero ir. -fui me levantando da cadeira, e fiquei tonta, minha sorte é que Justin apareceu e me segurou.

-Melissa, calma. -ele me colocou sentada novamente na cadeira de rodas e abaixou para ficar na minha altura.

-Justin. -as lágrimas eram presentes no meu rosto. -Eu não posso ir para o hospital, não dá. Não deixa me levarem para o hospital, você não é o fodão? Então me deixa ir para casa.

-As coisas não funcionam assim, eu não sou médico.

-A Emilly é. Ela pode cuidar de mim em casa.

-Você sabe que não vai voltar para sua casa né?

-E eu vou para onde?

-Você tem duas opções, ou para casa de Chris ou para minha.

-Vou para sua. -ele olhou para Emilly.

-Tudo bem. Então eu vou mandar prepararem o quarto de hóspede para você, e a Emilly fica com você lá hoje, se você ficar tonta, passar mal, ou alguma coisa desse tipo, vai para o hospital na hora, entendeu? -ele falou isso com um tom de voz grosso.

-Combinado. -estendi a mão e ele apertou segurando ela. -Cadê meu pai?

-Ele foi para casa de Chris.

-E cadê Chris? -olhei para os lados do enorme aeroporto.

-Ta dentro do carro, ele não sabia se você ia querer falar com ele. -a Emilly falou.

-Hum.

-Você não vai falar com ele? -ela perguntou. -Ele ta preocupado, Mel.

-Preocupado com as mentiras dele ou comigo?

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