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Melissa Bieber POV

15 de janeiro de 2023, em algum lugar do oceano.

Assim que acordei Chris, ele ligou para o Ryan, mas o filho da puta não aceitava nossas ligações. Chris rastreou, e parecia que ele estava na minha casa, mas não nos atendia. Arrumamos as coisas mais rápido que podíamos, acordamos todos em plena madrugada.

Ninguém sabia o que poderia ser a ligação do Ryan, ou aconteceu algo muito grave, ou alguém morreu. Ele não pediria para voltarmos da Russia um dia antes do previsto por puro capricho. Estávamos voando, Matt não dormiu depois que entramos no avião, acho que ele estava sentindo toda a tensão da família, e acabava ficando bem irritadinho.

-Que caralhos aconteceu em Atlanta? -Chaz sentou na poltrona ao meu lado.

-Eu já falei que não sei. Ryan desligou na minha cara e não atendeu mais. Eu espero que ele saiba que minha mão vai acertar aquele olho dele.

-E se for o Justin? -parei de mexer no celular e olhei para o meu irmão que estava em pé na minha frente.

-Justin? -Chaz falou como um sussurro.

-Ryan ligou para o hospital, para a cirurgiã. Ele solicitou que a Doutora Yang fosse até sua casa.

-Doutora Yang? Por que caralhos o filho da puta do Ryan não falou o que está acontecendo? -bufei de raiva. -Não é o Justin. -falei ríspida.

-Mas pode ser, maninha. -ele sentou na poltrona na minha frente, os olhos dele estavam marejados de lagrimas. -Justin pode estar em casa.

-Está louco? Justin morreu, Christian. Morreu. Vocês precisam aceitar isso. -e eu também. -Vocês estão vivendo em uma eterna negação, já tem MESES. Se ele estiver em casa, com certeza é algum resto mortal.

-Mel, não fala assim. -Chaz segurou a minha mão. -Justin é extremamente forte, ele pode ter precisado de tempo para se recuperar, mas pode estar vivo.

-PAREM. CHEGA. -me levantei da poltrona. -Vocês precisam imediatamente aceitar a morte dele.

Fui para o bar, coloquei duas boas doses de whisky, peguei meu celular e fui até as nossas fotos. Fotos que tiramos quando eu estava grávida, algumas do casamento, fotos dele segurando o Matt ainda recém-nascido.

-Você é um grande filho da puta, Bieber. -tomei as duas doses de whisky. Uma péssima habilidade que desenvolvi nesse tempo em que Justin desapare...morreu, foi o de beber whisky.

Não voltei mais para minha poltrona, peguei meu notebook, sentei em outra poltrona e fiquei revendo algumas planilhas e fazendo atualizações. É estranho ver o quanto de dinheiro que administro, posso ser considerada uma bilionária em algumas semanas, a vida financeira vai muito bem. Mas nunca foi com ela que me preocupei.

O voo pareceu uma eternidade. Quando finalmente pousamos em Atlanta, meu carro já estava me esperando. Lupe e Matt estavam comigo. Eu estava sendo escoltada por dois carros, estou na minha área, mas mataram meu marido aqui também, então temos muito cuidado. Voei para casa e finalmente cheguei em casa.

Abri a porta de casa como um furacão, e pedi para Lupe que fosse pela cozinha com o Matt porque não sabia o que encontraria na minha sala. E não foi nada do que imaginei.

Minha sala havia se tornado um centro cirúrgico? Não deu tempo de ir para um quarto? Havia uma maca, doutora Yang estava com uma equipe em sua volta, ela tacava compressas cheias de sangue no chão. Ryan me olhou pálido, ele parecia não conseguir respirar.

-O que está acontecendo? -os seguranças não deixaram eu me aproximar da mesa, e Ryan veio caminhando na minha direção.

-Marcos. -foi a única palavra que saiu da boca do Ryan.

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