Criminal Game

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Melissa Bieber POV

17 de janeiro de 2024, Atlanta, EUA.

Acordei com um barulho no banheiro, chamei achando que era Guadalupe, mas ao caminhar até lá, me deparei com o Justin, minha mente e meu corpo não processaram a informação, e só senti meu corpo me abandonando. Acordei novamente, agora com a voz de Justin. Imaginei estar sonhando. Abri meus olhos e ele estava lá. Sentei na cama, e eu só conseguia ficar confusa, ele estava ali, em carne e osso, vivo, bem.

Minha mente estava em um turbilhão, eram muitas perguntas, eu não imaginei que fosse encontra-lo novamente, não imaginei que sentiria seu cheiro e seu toque. Às vezes que sonhei, ou melhor, tive pesadelos, não era nada como está sendo agora. Eu precisava pensar com calma e com clareza. Levantei e sai do quarto.

-Não falem com ninguém sobre nada que verem. -avisei rispidamente aos seguranças e fui para o meu quarto, ou melhor, nosso quarto, não tem câmeras para o Chris vigiar. Porque eu sabia que Justin me seguiria.

Entrei no quarto e deixei a porta aberta.

-Melissa. -Justin entrou e fechou a porta com chave. -Deixa eu me aproximar de você. -ele caminhou até mim, e cada passo que ele dava em minha direção, meu corpo se arrepiava só de pensar em sentir seu toque novamente.

Eu fiquei parada. Ele chegou muito próximo, mas seus movimentos eram calmos e delicados como eu acho que nunca tinha visto. Ele tocou primeiramente na minha mão, subiu o toque até meu ombro e pescoço, e finalmente chegou no meu rosto. Ele passou o polegar pela minha bochecha e eu estremeci ao sentir sua mão quente em mim.

-Que saudade que eu estava da sua pele macia. -ele falou como um sussurro.

Ele colocou as duas mãos no meu rosto e nos aproximou, a ponto de sentirmos nossa respiração esbarrando na pele um do outro. Nossos lábios se tocaram como se fosse a primeira vez, mas com uma conexão de anos, nossas línguas tinham uma dança perfeita e eu me entregava ainda mais, eu achava que não tinha como eu me entregar mais a ele, porém, eu estava completamente errada. Nosso beijo foi interrompido pela falta de ar dos nossos pulmões. 

Continuamos nos encarando, e eu queria ficar assim, mas precisava de respostas.

-Aonde você estava? O que aconteceu?

-Melissa, você precisa ter paciência e tentar entender meu lado. -ele falou calmo.

-Aonde você estava?

-Tem mais ou menos um mês que eu estou aqui em Atlanta. -não sabia o que responder ou pensar. -Antônio Rizzo me salvou no dia da festa. Eu fiquei na Russia até me recuperar totalmente, mas tivemos informações que Phillipe estava aqui nos Estados Unidos, e essa foi a minha deixa para vir para cá. -ele pausou como se esperasse uma resposta.

-Você matou Phillipe? Tentou matar o Marcos?

-Sim. Esse era o plano com os Rizzo's.

-Ricardo Rizzo sabia que você estava vivo?

-Sim, três dias depois da festa, quando ele já estava na Russia, ele sabia.

-Quando eu fui para Russia você já estava bem?

-Sim. -ele respondeu envergonhado.

-E você nos deixou acreditar que estava morto? Escondeu de nós, de mim, que estava vivo.

-Amor. -ele tentou me tocar, mas me afastei.

-Não, Justin. Você tem noção do inferno que foram esses últimos meses?

-Também foi difícil para mim.

-Foda-se, Bieber. Você sabia aonde nós estávamos, sabia que queríamos saber algo sobre você. Tenho certeza que foi por isso que o Rizzo pediu acesso as câmeras daqui, para você ver tudo. VOCÊ SABIA QUE EU ESTAVA SOFRENDO. SUA MÃE. SEUS IRMÃOS. CARALHO, JUSTIN. -me afastei dele e fui em sentido ao outro lado.