Melissa Bieber POV
04 de outubro de 2023, Atlanta, EUA
Matthew havia ficado com Guadalupe, atitudes precisavam ser tomadas, e eu seria a responsável por cada uma delas. A polícia chegou na mansão, os órgãos competentes começaram a recolher corpos e os restos mortais das pessoas que haviam morrido. Era óbvio que havia sido um ataque de Phillipe, todos nós sabíamos disso.
A única coisa de Justin que achei foi seu paletó dourado, sujo de sangue e um pouco danificado. Demoraria uns dias para termos a confirmação de todas as mortes, inclusive a do meu marido, porque como não havia seu corpo inteiro, seria necessário fazer algumas análises de laboratório. Era agonizante, eu não sabia se ele estava realmente morto, mas suas chances de vida eram muito pequenas e improváveis.
-Melissa, não há muito o que ser feito aqui. Temos que esperar um pouco. -Chaz falou se aproximando de mim.
-Precisamos fazer uma reunião.
-Não é o momento.
-Vem comigo. -caminhei até Rizzo e Chris que falavam com alguns policiais.
-Senhora Bieber. Sinto muito. -o policial me olhou e sorriu, como se isso fosse capaz de me consolar.
-Obrigada. -sorri de volta. -Rizzo, Chris, preciso falar com vocês. -o policial entendeu o recado e se afastou.
-Vamos organizar tudo por aqui. -Rizzo respondeu.
-Chris, eu preciso que você convoque todos que ainda estão vivos. Faremos uma reunião, na boate, às 16h.
-Mel... -Chris tentou.
-Não é uma pergunta, maninho. Estou pedindo para convocar todos. A organização sofreu um ataque direto, não podemos deixar isso barato, não podemos fingir que não aconteceu. Nada vai mudar, a presidência é nossa, e precisamos concretizar isso. Não sabemos todos que morreram ainda, e fazer a reunião, já vamos saber de algumas pessoas que faltam.
-Melissa, você precisa descansar um pouco. -Rizzo tentou segurar minha mão.
-Eu fui descansar e tudo isso aconteceu. Se eu tivesse aqui, as coisas poderiam ser diferentes agora. Então, não, eu não vou descansar. -chamei o Carl que observava de longe.
-Oi, senhora.
-Vamos para boate comigo. Manda o Bryan para casa. Não quero ninguém entrando e saindo de lá.
-Vamos no...
-Sim. Eu trouxe a chave reserva. -eu vim no carro com Chris, mas trouxe a chave reserva do carro do Justin. Ele era apaixonado nesse carro.
-Mel... -Chaz segurou minha mão.
-Gente, não dá para eu ficar chorando, ok? Ou estão comigo ou não estão.
Sai de perto, entrei no carro do Justin, Carl entrou no banco do carona. O perfume do Justin invadiu minhas narinas, segurei no volante, olhei para Carl e ele estava com os olhos marejados.
-Ele era como um filho pra mim, dediquei anos e anos da minha vida a esse garoto. Nunca achei que fosse passar por isso, nunca achei que fosse ver a nossa família sofrendo com a partida dele. É uma sensação de impotência, meu trabalho sempre foi proteger meu garoto, e eu não consegui fazer isso hoje. Perdão, senhora Bieber. Eu falhei. -as lágrimas rolaram pelo rosto dele, e pelo meu também.
-Carl, você foi impecável. Nada disso é culpa sua. Justin te escolheu porque sabia da sua capacidade de fazer tudo para ele, para nós e por nós. Eu jamais te culparia de algo. Pelo contrário, te agradeço por tudo que já fez por ele. Ele enxergava você como um pai, e sei que aonde ele estiver, ele ta xingando muito a gente por estar chorando. -eu limpei as lágrimas do meu rosto. -Vamos trabalhar.
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Criminal Game
FanfictionEla é médica, e está buscando todos os dias evoluir como ser humano honesto e sincero, odeia mentiras e tudo que vem junto. Ele é um mafioso, e está buscando ser o maior da América, nem que para isso ele tenha que perder toda sua humanidade e honest...