Nigth

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Dez dias antes da festa.

Melissa Montegomery POV

Assim que eu cheguei no Canadá, estava me sentindo muito livre e segura, estava em outro país, longe de toda aquela loucura que era a vida de Chris, Justin e longe de Tyler. Fui direto para casa do meu pai, fiquei um pouco com ele e fui na rua passear um pouco, e ia no shopping comprar algumas roupas de frio pois estava fazendo frio em Toronto.

Cheguei no shopping, comprei um café e fiquei andando nas lojas experimentando algumas coisas. Lembrei de Justin, minha última peça de roupa tinha sido ele que me deu. Eu gostava de estar com ele, e toda aquela confusão sobre máfia, as mentiras e as coisas que ele é envolvido me amedrontaram. Acho que o que mais me magoou não era ele ter essa profissão, mas foi ele e Chris terem mentido para mim, principalmente Chris. Comprei dois casacos, algumas camisas de manga longa, duas calças, uma bota e meias. Me sentei na praça de alimentação e decidi comer uma comida japonesa que eu não comia fazia um tempo. Pedi e fiquei aguardando na mesa, a garçonete entregou e comecei a comer.

-Você não vai fazer nenhum escândalo, vai ficar bem quietinha. -um homem sentou ao meu lado. -É melhor você vir comigo, sem nenhuma gracinha. -ele colocou uma arma na minha coxa. -Vamos levantar e sair juntos.

-Quem te mandou aqui?

-Princesa, me acompanha para o estacionamento sem fazer perguntas, ou minha ordem é para te apagar.

Não respondi mais. Fui andando ao lado dele, não sabia o que era. Chris não faria isso, Justin talvez, e Tyler com certeza, mas é da índole dele ter vindo pessoalmente, me buscar e me levar. Enquanto fomos andando eu pensei várias vezes para onde eu podia correr ou como podia pedir ajuda, lembrei do meu celular na bolsa, precisava tentar mandar pelo menos alguma mensagem para meu pai ou Chris.

-Preciso ir no banheiro.

-Quando chegarmos ao estacionamento você vai.

-Eu estou muito apertada.

-Acho que você não está entendendo. Você não vai a lugar nenhum, princesa. -ele pegou no meu pulso e foi me arrastando para fora do shopping, as pessoas olhavam, mas ninguém fazia nada.

-Me solta. Eu vou gritar.

-Grita e eu te apago aqui mesmo.

Chegamos no estacionamento, e ali era o meu tudo ou nada. Corri descontroladamente, deixei minhas sacolas caírem no chão e corri. Corri até que Tyler estava na minha frente e me segurou.

-Você não vai fugir de mim de novo, Melzinha. Não dessa vez.

-Me solta, Tyler. SOCORRO. ELE QUER ME MATAR. -eu tentava gritar, mas era em vão, não tinha ninguém naquele estacionamento, ninguém ia me escutar, as lágrimas e o desespero tomaram conta de mim.

-Melzinha, pra que esse escândalo? Eu vim te buscar para vivermos o nosso amor, você não enxerga?

-Tyler, deixa de ser doente. Não existe nosso amor. Eu não te amo.

-Você se engana muito, Melzinha. -ele foi me puxando para um carro. -Christian fez uma bela lavagem cerebral em você, mas vou fazer questão de lembrar de todos os motivos que você tem para me amar.

-Tyler, me deixa ir embora, me deixa ficar sozinha. -ele me colocou dentro do carro no banco de trás e se sentou ao meu lado. Minhas bolsas ficaram no chão, e eu não tinha mais como me comunicar com ninguém.

-Melzinha, você é minha. -ele colocou a mão na minha coxa, e deu ordem para o motorista partir. -Estava com tanta saudade de você. -ele colocou a outra mão na minha nuca e aproximou nossos rostos, ele pediu espaço para um beijo e eu dei, na mesma hora mordi a língua dele. -Filha da puta.

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