The Blackest Day

Capítulo 3

Natasha on•

Após conversarmos, Steve foi para o quarto de hóspedes e eu fui para o meu, me deitei e dormir está sendo uma tarefa difícil essa noite, a ansiedade pelo dia de amanhã está me fazendo rolar de um lado para o outro na grande cama.

Me levanto e olho pela janela, a lua brilha forte no céu e ilumina o jardim do castelo, visto um roupão e desço as escadas até o jardim, a luz da lua refletindo sobre as águas do rio, a brisa da noite soprava em meu rosto e jogava meus fios de cabelo pelos ares, sinto o doce aroma das rosas e me sento na grama verde, observando a lua brilhando sozinha no céu.

Quando criança ouvia as histórias de minha mãe e uma delas era sobre as almas gêmeas, cada pessoa nesse mundo tem uma alma gêmea, uma pessoa que te completa mas infelizmente nem sempre as almas gêmeas podem ficar juntas, mamãe dizia que o mundo é cruel é não se importa com o amor, talvez seja verdade, talvez não.

- Onde será que você está? - Eu pergunto ao vento. 

Wanda on•

Sentada na grama eu sinto o vendo balançar meus cabelos, a lua iluminando a floresta enquanto Agatha acendia uma pequena fogueira. 

- Você não vai fazer nada pra ajudar? - Agatha pergunta abaixada. 

- Eu peguei alguns gravetos para jogar no fogo. - Aponto para a pequena pilha de madeira e Agatha revira os olhos. 

- Bom… qual é a sua história? - Agatha puxa assunto. 

- Como assim qual é a minha história? - Eu tento mudar o assunto.

- A história da sua vida, sua idiota. - Agatha diz e eu cruzo os braços. 

- Meus pais morreram quando eu era neném então não lembro deles, fui criada pela minha avó em um pequeno vilarejo, parti de lá hoje de manhã. - Digo sem muitos detalhes. 

- O que aconteceu hoje de manhã? - Agatha insiste em perguntar e meus olhos enchem de lágrimas. 

-Nada, nao aconteceu nada. - Tento me acalmar. 

-Se nada tivesse acontecido você não estaria aqui no meio do mato com alguém que conheceu há algumas horas. - Agatha sentou à minha frente. 

- Meu… meu vilarejo foi atacado, eu nao estava na hora mas minha vó estava em casa, soldados mataram todos inclusive ela… quando cheguei encontrei o corpo jogado no chão da sala, a única pista que tenho da pessoa que acabou com a minha vida é a bandeira que te mostrei mais cedo. - Deixo que algumas lágrimas rolem por meu rosto. 

- Eu sinto muito pela sua avó, sei muito bem como é perder alguém que amamos. - Agatha sorri fraco. 

- Então me conte a sua história Agatha. - Agatha olha fixamente para o fogo que queimava a pilha de madeira. 

- Segundo meu pai, minha mãe era de uma família muito importante, ele dizia que ela era uma princesa, meu pai era apenas um soldado do castelo, eles se conheceram e se apaixonaram, um tempo depois minha mãe engravidou, meu avô não gostou nada da notícia e deu duas opções a meus pais, a primeira era que minha mãe iria continuar com a gravidez e assim que a criança nascesse ela entregaria o bebê a meu pai que iria embora e nunca mais voltaria ou meu avô matava meu pai e o bebê, meus pais aceitaram a primeira opção então assim que eu nasci meu pai foi embora comigo e eu nunca conheci minha mãe. - Agatha conta a história. 

- Seu avô era um homem bem cruel. - Eu comentei e ela me olhou nos olhos. 

- Cresci junto de meu pai em uma casa no sul, ele era soldado de guerra, um ótimo soldado pra falar a verdade, ele sempre voltava para casa vitorioso, quando eu fiz 12 anos ele foi para uma batalha no norte, três meses depois a notícia de que ele havia morrido em batalha chegou, tentaram me mandar para uma casa de crianças mas eu fuji, desde então eu venho assaltando pra sobreviver, no começo foi difícil mas eu peguei o jeito. - Conseguia ver a tristeza em seu olhar.