Capítulo 7

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ALFONSO

Permaneci longe da casa por toda a tarde, por mais que tenha ficado louco pensando que eles estavam falando sobre a minha fazenda, fazendo planos que a afetariam. Planos que me afetariam. Claro, eu tecnicamente possuía apenas um terço dela mas nenhum de meus irmãos tinha investido o coração e a alma aqui como eu. Peter só pensava em seu restaurante e Brad ficaria feliz em dividir a terra em lotes e vendê-la.

Então vá lá e enfrente tudo sozinho. Bata o pé. Diga não.

Mas eu não podia fazer isso. Eram dois contra um e eu não ia ganhar.

E agora eles tinham aquela porra de Barbie ao lado deles. Como podiam pensar que aquela mulher sabia alguma coisa sobre agricultura? Ela parecia não saber a diferença entre um galo e uma galinha. Talvez eu perguntasse para ela.

O pensamento realmente me fez dar um sorriso quando eu deixei o celeiro depois de verificar um dos cavalos mais velhos que parecia estar sofrendo com o calor mais do que os outros. Você já viu um galo, Barbie?

Eu ri quando imaginei a expressão em seu rosto. Suas bochechas ficando rosadas. Os olhos se arregalando. Ela tinha olhos bonitos, eu tenho que admitir. Azuis, enormes e brilhantes. Um lindo sorriso também.

Mas ela não fazia meu tipo. Eu gosto de naturalidade. Pés no chão. Sem maquiagem. Soph vivia de jeans e botas, o nariz sardento ao sol e acredito que ela sequer possuía um secador de cabelos. Ela sempre deixava os cabelos encaracolados secando naturalmente.

A Barbie estava usando algum tipo de roupa de trabalho, provavelmente com saltos altos. Sua pele dava a impressão de que ela nunca saía de casa e seus lábios estavam artificialmente rosados. Seu cabelo era bonito, embora fosse liso, dourado e brilhante. Como seria agarrar aquelas mechas entre os dedos? Com as mãos? Senti-las sobre meu peito nu?

Quando meu pau respondeu à pergunta se contraindo dentro da minha calça, eu me forcei a parar de pensar nela e passar para a próxima tarefa.

Ela não era nada para mim.

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Por volta de cinco da tarde, Peter saiu para ir à pequena estufa que eu tinha construído com nosso pai e me encontrou preparando algumas mudas de couve para plantio. Eu precisava alterar algumas mudas no fim de semana.

— Ei. Quer ajuda?

— Estou quase acabando aqui. Mas essa ajuda seria bem-vinda para reparar a cerca ao longo da divisa oeste da propriedade, se você tiver tempo.

— Tenho, sim.

Pegamos o jipe e dirigimos em silêncio, eu estava morrendo de vontade de saber o que haviam sido discutido na reunião mas era muito teimoso para perguntar, Peter provavelmente estava tentando encontrar uma maneira de abordar o assunto sem que eu cortasse a cabeça dele. Então, eu cedi primeiro.

— Como foram as coisas com a Barbie do marketing?

Peter suspirou.

— Ela é muito legal, Alfonso. E também é esperta. Acho que ela vai nos ajudar muito.

— Por quanto? Você viu o que ela dirige? Um Mercedes clássico em perfeito estado. Você tem ideia de quanto custa?

— Não.

— Nem eu. Mas aposto que é muita grana.

— Sabe, você não tem que ser um idiota em relação a isso. Ninguém está conspirando contra você ou quer tirar alguma coisa que te pertence.

— O que diabos eles levariam, afinal? Como você disse, eu não sou dono dessa fazenda, não tenho uma casa, nem sequer tenho uma família. — Retruquei, enquanto estacionava próximo à parte da cerca que precisava de reparo.

Segunda Chance -Adpt AyA [ Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora