ALFONSO
Faça de conta que nada aconteceu.
Eu sabia que era o que deveria fazer, mas a visão dela me pegou desprevenido e me peguei olhando para ela, aturdido, com a cerveja a meio caminho dos lábios.
Eu tinha propositadamente escolhido este lugar porque ela estava no The Anchor na última vez e eu queria evitá-la. Estava sentado ali pensando nela, quando, de repente, olhei para a frente e a vi através do espelho atrás do balcão – como se eu a tivesse conjurado. Olhei para trás e confirmei, ela era real.
Real, bonita e caminhando na minha direção com um sorriso surpreso.
— Olá. Acho que tivemos a mesma ideia, pelo visto.
Finja que essas pernas nunca estiveram enroladas em seu corpo.
— Ei. Como estão as coisas?
— Bem. Eu vim para jantar — ela disse, gesticulando em direção à sala de jantar — mas eles não estavam muito interessados em ocupar uma mesa com apenas uma pessoa.
Finja que essas mãos nunca estiveram em seu cabelo.
— Sim. Está bem movimentado aqui hoje.
— Há espaço para mais um no bar?
Finja que você não esteve dentro dela bem duro, segurando-a com os joelhos flexionados.
Eu me recuperei o suficiente para olhar ao redor e notei que a cadeira ao meu lado estava vazia. Porra.
Minha hesitação a perturbou.
— Vou partir amanhã e já esvaziei a geladeira do chalé, então...
— Amanhã? Eu pensei que você ficaria aqui por mais tempo. — Se ela fosse embora amanhã, eu ficaria bem. Talvez.
— Eu deveria ficar aqui mais tempo mas minha mãe ligou essa tarde e há algumas questões de família... — Ela balançou a mão. — Não importa, não vou aborrecê-lo com isso mas sim, parto amanhã. Essa é a minha última noite.
— Ah. — Uma parte de meu nervosismo evaporou e fiz um gesto para a cadeira vazia. Agora eu simplesmente teria que agir de modo casual. Leve. Sem toques. — Ninguém está sentado aqui, se você não estiver brava comigo, pode se sentar.
Rindo, ela se acomodou no assento e colocou a bolsa ao lado dos pés.
— Eu não sou louca. Você se desculpou. Podemos ser amigos.
— Amigos, hein? — Eu a olhei de lado. — Não sei se posso ser amigo de uma garota da cidade.
Ela sorriu.
— Se eu posso ser amiga de um fazendeiro-sabe-tudo e arrogante como você, você pode lidar com uma pequena e doce garota da cidade como eu.
— Doce, haha. — Eu tomei um gole longo de cerveja. Droga! Ela olhava fixamente para a minha boca o tempo inteiro.
— O que posso servir a você? — o barman se aproximou perguntando.
— Hum. — Ela corou um pouco quando percebeu o que estava fazendo. — Posso ver a carta de vinhos? E o cardápio também por favor?
Enquanto ela escolhia a bebida e o que iria comer, eu a observava discretamente. Ela usava as sandálias da noite passada, desta vez com um short rosa que fazia suas pernas parecerem ainda mais longas, e uma blusa branca. Seu cabelo estava solto e ondulado ao redor dos ombros, e tive que parar de me inclinar para sentir seu cheiro.
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Segunda Chance -Adpt AyA [ Finalizada]
रोमांसAnahí é uma mulher criada plenamente nos padrões da alta-sociedade, com toda a riqueza e moldes de pessoas que se acham acima dos demais. Mas ela não é esnobe, chatinha ou mimada como muitos a rotulam. Depois de uma confusão, ela se vê precisando sa...