Capítulo 10

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ANAHÍ

Fiz o trajeto de volta para o chalé mais animada do que deveria.

Pelo amor de Deus... Alfonso e eu mal podíamos passar cinco minutos juntos sem implicarmos um com o outro e algo nisso me parecia uma vitória.

Eu quase tinha estragado tudo por engano, meu plano era matá-lo com bondade, em vez disso eu o espiei antes de chamá-lo de mal-humorado e não cooperativo. Mas ele era tão frustrante! Eu estava tentando ajudá-lo!

O estranho era que ele não parecia tão zangado com o incidente da árvore. Na verdade, parecia quase ter se divertido com a coisa toda – eu poderia jurar que quase o vi sorrir em um determinado momento.

Eu não entendia por que aquilo me deixava feliz.

Dentro do chalé, tirei a roupa úmida depressa e decidi que, para poupar tempo, não tomaria banho agora. Eu não queria que Alfonso usasse o atraso como uma desculpa para não me mostrar a propriedade hoje e também não precisava me preocupar enquanto estivesse perto dele por isso. Eu nunca conheci um homem que ficasse tão desconfortável ao meu lado como ele ficava. Ele estava sempre longe ou se afastando, cruzando os braços.

Eu peguei uma lingerie e meias limpas, minha calça jeans skinny, uma camisa xadrez de botão e puxei o elástico que prendia meus cabelos. No banheiro, escovei os dentes, penteei o cabelo e abri minha nécessaire de maquiagem.

Então parei.

O que está fazendo, Anahí? Isso não é um encontro. Você não precisa de rímel em um celeiro.

Fechei-o imediatamente, mas coloquei meu colar de pérolas... e passei umas gotinhas de perfume.

Uma garota tem que ter um toque de beleza, certo?

Antes de sair, calcei as velhas botas de montaria, agradecida por não ter me desfeito delas. Elas eram de couro marrom bonito e ainda tinham muito tempo de uso pela frente.

Saí de casa apenas quinze minutos depois de ter entrado e fui para o carro sentindo-me satisfeita comigo mesma. Não só aprenderia mais sobre a fazenda, o que me ajudaria a fazer meu trabalho, como teria a chance de provar a Alfonso que eu não era inimiga. Eu respeitava seu trabalho e realmente queria ajudar. E se isso o fizesse olhar para mim de uma forma mais favorável, bem... melhor ainda.

Eu estava determinada a fazê-lo sorrir de verdade. 



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Segunda Chance -Adpt AyA [ Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora