ANAHÍ
— Então como está indo? — Cath pergunta. Liguei para ela enquanto andava até o chalé.
— Está tudo bem, eu acho. Conheci os clientes hoje e eles foram muito gentis, bem, a maioria deles foi.
— Ah, não. Alguém não é legal?
— Não comigo, pelo menos. É o irmão do meio, Alfonso. — Eu me pego lembrando dele sentado ao meu lado no bar e meu coração bate um pouco mais rápido. Ele enchia uma camisa como ninguém. Será que notou como olhei para o peito dele? Também gostei dos olhos. Eram verdes, mas tinham pontinhos dourados. E não deixei de notar que ele olhou para minhas pernas, o cuidado que teve para não ficar muito perto, o calor quando ele me deu a mão. Havia algo ali. Por que ele tinha que agir como um idiota?
— Esse é o sexy? Eu vi uma foto da família.
Mordi o lábio.
— Você acha que ele é gostoso?
— Sim. Você não acha?
— Acho que sim — respondi, cautelosamente, e logo completo — mas, de qualquer jeito, ele não é meu tipo.
— Por que não?
— Ah, além do fato de ele ser um fazendeiro desalinhado e suado que precisa de um corte de cabelo, também é teimoso e mal-educado. — Não que eu tenha reparado tanto no cabelo, na nuca nem no suor mais cedo, durante o dia, é só que agora à noite, ele estava limpo, penteado e com um cheiro discreto de fogueira na praia. Fiquei querendo me inclinar e cheirá-lo mais de perto. Droga.
Cath riu.
— Por qual motivo ele está chateado?
Enquanto caminhava, descrevi meu encontro com a família e o que eles me contaram sobre o Alfonso. Eu sei que eu prometi guardar segredo, mas Cath é minha melhor amiga e eu confio que ela não vai sair por aí contando pra ninguém, além do mais eu precisava desabafar com alguém. Quando falei a parte sobre a esposa, ela ofegou.
— Oh, meu Deus, como?
— Um motorista bêbado a atropelou.
— Isso é tão revoltante e triste!
— Não é? Ele ainda usa a aliança de casamento. — Eu tinha percebido isso há pouco. — Gina me disse eram muito apaixonados.
— Meu Deus, isso é uma merda. Coitado. É por isso que as pessoas não devem se casar. Coisas ruins acontecem.
Eu tive que sorrir.
— Vince está insinuando que vai pedir você em casamento outra vez?
— Sim. Deus, se ele realmente fizer isso, vou matá-lo.
— Não seja ridícula. Vocês estão loucamente apaixonados, estão juntos há um ano e meio e já vivem juntos há meses. Por que não casar?
— Porque estamos felizes! — respondeu ela, como se isso explicasse tudo. — Por que foder com isso?
Suspirando, eu olhei ao redor. A caminhada até o bar tinha demorado tanto?
— Tudo bem. Tanto faz. Não case. Acho que estou perdida.
— Onde se perdeu?
Eu parei de andar e girei completamente, com certeza não tinha visto aquele parque na esquina antes. Nada mais assustador do que um parque infantil no escuro.
— Caminhando na cidade voltando ao meu chalé. O que houve, não sei, não dei muitas voltas.
Cath riu.
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Segunda Chance -Adpt AyA [ Finalizada]
Любовные романыAnahí é uma mulher criada plenamente nos padrões da alta-sociedade, com toda a riqueza e moldes de pessoas que se acham acima dos demais. Mas ela não é esnobe, chatinha ou mimada como muitos a rotulam. Depois de uma confusão, ela se vê precisando sa...