ANAHÍ
Acabei montada nele, meus joelhos no chão, meus braços em volta do seu pescoço.
Ele estava rindo.
Rindo.
Não consegui não sorrir também. Então era necessário isso? Um orgasmo?
E por falar em orgasmos, todo o meu corpo ainda estava formigando por conta do orgasmo que ele tinha me proporcionado. Eu nunca senti nada igual, tão profundo e intenso, que eu não consegui me mexer quando aconteceu. E tinha sido tão rápido! Eu geralmente tinha que me concentrar muito durante o sexo e havia certas condições a serem cumpridas para eu relaxar o suficiente para que isso acontecesse. Escuridão total, lençóis macios, completa privacidade. Além disso, eu não gostava de ficar por cima, porque isso me forçava a olhar para a cara de prazer dos homens, o que nunca me agradava, me sentia como se estivesse sendo observada durante um treino vigoroso na esteira. Mas com Alfonso, veio rápido e forte como um relâmpago.
A realidade do que tinha acontecido me tomou e me dei conta de tudo. Eu tinha transado enquanto era pressionada contra uma árvore. Por um fazendeiro. Sem preservativo.
Ai, meu Deus.
Ele tinha mesmo me fodido no sentido cru da palavra... Eu estava sem as sandálias. E provavelmente havia pedaços de casca de árvore em minha blusa Lilly Pulitzer. Mas caramba. Foi incrível. Bruto. Uma bagunça. Frenético.
Totalmente não-Anahí e, no entanto, amei cada segundo.
Sentei-me, apoiando as mãos em seu peito e observando-o. Ele parecia muito diferente. Estava escuro mas eu consegui ver que tinha relaxado os músculos faciais, nenhum sulco em sua testa, sem tensão nos maxilares. Sua boca carnuda parecia ainda mais sensual, esboçando um sorriso irônico.
— Era essa a briga que estava procurando? — ele perguntou.
Eu sorri.
— Não exatamente.
— Estava muito brava. — ele comentou
— Ainda estou brava. — Ele riu outra vez, e senti um arrepio. Eu amei o som da sua risada: quente, profunda e gratificante. — Mas com vergonha também — admiti.
— Por que você está envergonhada? Eu comecei. — Um pouco da tensão retornou ao seu rosto. — Você está bem?
— Estou bem.
— Não usamos nada...
Eu contraí os lábios.
— Não, não usamos. Mas está tudo bem. — Eu tomava pílula, embora nunca tivesse feito sexo sem camisinha antes.
Não pense nisso.
Nem com um cliente.
Não pense nisso também.
— OK — ele respirou, o peito se enchendo sob minhas mãos. As mãos dele ainda estavam na minha cintura. — Meu Deus, Anahí, desculpe. Não sei o que aconteceu comigo.
— Não se desculpe. — Comecei a me levantar, sentindo que as coisas estavam prestes a ficar estranhas. — É só... aconteceu.
Ele me ajudou a ficar de pé e localizou minhas sandálias enquanto eu puxava minha calcinha de volta ao lugar – ela ainda estava enrolada em torno do meu tornozelo. Ele puxou sua calça jeans para cima.
— Acho que eu só... — Ele correu uma mão pelos cabelos escuros. — Perdi o controle. Fazia tanto tempo.
— Quanto tempo? — Eu perguntei sem pensar. — Ai caramba, eu sinto muito, não precisa me dizer isso.
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Segunda Chance -Adpt AyA [ Finalizada]
RomanceAnahí é uma mulher criada plenamente nos padrões da alta-sociedade, com toda a riqueza e moldes de pessoas que se acham acima dos demais. Mas ela não é esnobe, chatinha ou mimada como muitos a rotulam. Depois de uma confusão, ela se vê precisando sa...