Capítulo 22

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ANAHÍ

O colchão se mexeu e relutantemente abri os olhos. Pisquei sob a luz cinza pálida da manhã e vi Alfonso sentado na cama, vestido. Seu cabelo estava um desastre. Sorri.

— Ei.

— Ei. Eu tenho que ir.

— Seus animais estão sentindo sua falta?

Ele bagunçou meu cabelo.

— Sim. E eu ainda tenho que pegar minha caminhonete.

— Ah, certo. Que horas são? — perguntei ainda sonolenta.

— Seis e pouco.

A conversa que tivemos na noite passada voltou à minha mente agora desperta.

— Eu preciso dizer aos donos do chalé que não sairei hoje.

— Eu esperava que você ainda quisesse ficar. Quanto tempo você tem?

Tive que pensar por um segundo.

— Que dia é hoje?

— Quarta-feira. Dia 20.

— Ficarei aqui até o dia 28. Então, mais oito dias.

Quando me vi confrontada com a perspectiva de oito dias aqui tendo que ficar longe dele, parecia um tempo infinito. Agora parecia tão curto.

— Bom. — Ele se inclinou e beijou meu rosto. — Não se levante agora. Eu vou embora e falo com você mais tarde, tá?

— Está bem.

Depois que ouvi a porta da frente fechar, tentei voltar a dormir mas não consegui. Era possível que as coisas tivessem mudado tanto em apenas 24 horas?

Se Alfonso não estivesse aqui quando acordei, eu poderia ter pensado que tinha sonhado. Rolando de costas, estiquei os braços e as pernas, apontei e flexionei os pés. Estava dolorida em lugares que não esperava estar – minhas costas, braços e pescoço. Eu também estava dolorida nos lugares esperados. Deus, esse homem sabia transar com uma mulher ! E sua língua, meu deus, ele era muito bom com a língua. Eu gozei quatro vezes ontem à noite – quatro! Foi mais do que gozei nos últimos seis meses na minha relação com Théo!

Eu tinha que contar para alguém. Precisava.

Meu telefone ainda estava na bolsa desde a noite passada o que significava que provavelmente estava sem bateria. A energia voltou? Saltei da cama, fui nua para a sala da frente, peguei meu telefone e o carregador e o liguei ao lado da cama. Demorou um minuto, mas por fim ele zumbiu e ligou. Assim que pude, liguei para Cath no menu de minhas chamadas recentes.

Alô? — Ela parecia nervosa.

— Oi, sou eu.

Você está bem?

— Sim, estou. Por quê?

Porque não são nem sete horas.

— Oh! Desculpe. Eu me esqueci.

Por que você está acordada tão cedo? Não deveria estar de miniférias?

— Sim. E estou acordada porque não consigo dormir. E não consigo dormir por causa do que aconteceu ontem à noite.

— O que aconteceu ontem à noite?

— Eu gozei quatro vezes! — Falei rápido. — Um, dois, três, quatro!

Ela arfou.

Espere , deixe-me ir para o outro quarto.

Mas eu quero saber sobre os quatro orgasmos — ouvi Vince dizer ao longe.

Segunda Chance -Adpt AyA [ Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora