Segunda Chance -Adpt AyA [ Finalizada]

Capítulo 11

ALFONSO

— Você tem certeza disso? — Anahí espiou a primeira caixa de ninho, onde haviam três ovos dispostos no feno.

— Sim. É só colocar a mão dentro, pegar os ovos e colocá-los na sua cesta. — Eu pensei que recolher ovos poderia ser um bom lugar para ela começar, mas Jesus Cristo Todo-Poderoso, estava começando a me perguntar se seria demais para ela. Ela era uma garota da cidade, embora parecesse atraente com seus jeans justos e a pequena camisa xadrez. E gostei da forma como ela usava o cabelo em uma longa trança que descia pelas costas. Mas as botas eram hilárias – botas de montaria que pareciam saídas de um filme sobre uma garota rica com seu próprio pônei de exibição. Pelo menos ela não havia passado maquiagem.

Mas acredite ou não, ela colocou o colar de pérolas. Aquilo estava me matando.

— Vamos — retruquei, mais irritado comigo mesmo do que com ela. — Pegue os ovos, temos trabalho a fazer.

— Elas não vão ficar bravas? — Ela olhou ao redor, observando com nervosismo as galinhas sobre nossos pés.

— Não. Elas estão acostumadas com isso.

— OK. — Ela estendeu a mão e tirou dois ovos, depois colocou-os delicadamente na cesta. — Eu fiz isso! — disse ela, sorrindo orgulhosamente.

Eu quase sorri de volta, mas me contive.

— Bom trabalho. Agora continue. Ou vamos ficar aqui o dia todo.

Ela tirou o terceiro, cuidadosamente colocou-o ao lado dos outros e os observou.

— Então, galinhas marrons botam ovos castanhos e as brancas, os ovos brancos? — ela questionou com uma careta engraçada

— Não. Você não pode afirmar qual é a cor dos ovos que uma galinha põe pela cor de suas penas.

Seus olhos se arregalaram.

— Não acredito!

— Pois é. Agora vamos, trabalhe mais rápido. Assim. — Eu estendi a mão para a próxima caixa, rapidamente puxei três ovos para fora com uma mão, coloquei-os na cesta e passei para outra.

— Uau, você é muito bom nisso.

— Eu pratiquei muito. Agora você faz o próximo.

Ela se moveu na minha frente, curvou-se e olhou dentro da caixa.

— Há alguém aqui dentro.

— Então enfie a mão embaixo dela e pegue os ovos. — Eu me esforcei para manter meus olhos longe de sua bunda.

— Eu não acho que deveria fazer isso. Ela está me encarando com um olhar diabólico.

— Jesus Cristo. Mexa-se, eu farei o resto. — Eu a puxei pela cintura e a coloquei de lado para tirá-la do meu caminho mas assim que a segurei, não quis mais soltar. E como sou um maldito imbecil, então não a soltei mesmo. Deixei-as lá por alguns segundos.

— Alfonso? — Ela olhou para mim virando a cabeça para trás, com a expressão confusa.

Eu a soltei. O que diabos você está fazendo?

— Basta me dar o cesto — pedi com grosseria, arrancando-o de sua mão.

Ela se virou.

— Fiz algo de errado?

— Não. — Eu me afastei dela e comecei a pegar os ovos restantes, irritado comigo mesmo.

Essa foi uma má ideia.