Capítulo 6

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ANAHÍ

Eu bati na porta de madeira com tela da pitoresca casa branca de fazenda de Peter e Gina Herrera às 13h para nosso almoço de negócios. Enquanto esperava na varanda, olhei em volta. A casa estava a cerca de cem metros da estrada, no lado oeste, mas voltada para leste em direção ao lago e, embora eu estivesse vindo de carro, poderia facilmente ter vindo andando. A casa parecia velha, porém bastante conservada – a pintura nova no exterior, cestas de flores penduradas na varanda, cadeiras confortáveis em ambos os lados da entrada confirmavam isso.

À esquerda da casa havia algumas bétulas, um balanço de bebê e alguns outros brinquedos espalhados no gramado. Um celeiro vermelho gigante se localizava atrás das árvores e outro branco, mais para trás. À direita da casa, havia uma garagem e do outro lado, árvores menores plantadas em fileiras duplas. Maçãs, talvez? Além disso, havia uma estrada de terra e, do outro lado, uma velha e enorme construção vitoriana, aparentemente abandonada, com a pintura descascando e jardins descuidados.

Eu estava prestes a bater novamente, quando a mulher loira que eu tinha visto na foto abriu a porta com um menino pequeno no colo. Seu cabelo era bem curto, na altura do queixo, e o corpo muito magro.

— Oi. Gina?

Ela me cumprimentou com um sorriso.

— Você deve ser a Anahí. Entre.

Entrei na saleta e estendi a mão.

— Sim, Anahí Portilla. — Depois de me dar um aperto firme, ela fechou a porta e ajeitou seu filho nos braços.

— Gina Herrera muito prazer. E este é Cooper. Eu estou prestes a deitá-lo para tirar uma soneca.

— Bons sonhos, Cooper — eu disse, sorrindo para o garotinho bochechudo.

— Vá para a cozinha — Gina disse, gesticulando no corredor. — O Peter está preparando o almoço para nós. Você comeu?

— Na verdade, não. Nem tomei café da manhã.

— Perfeito. Encontro vocês em cinco minutos. — Ela subiu as escadas que rangiam, e voltei a olhar na direção da cozinha, onde Peter estava à frente do balcão, usando um avental e cortando tomates com uma rapidez alarmante.

— Olá — sorri quando ele olhou para a frente. — Sou Anahí. Sua esposa disse para eu vir aqui.

— Claro. — Ele deixou a faca na bancada, enxugou as mãos em uma toalha para me cumprimentar. — Peter Herrera, prazer em conhecê-la. Sente-se.

— Obrigada. — Eu me acomodei em um dos banquinhos à frente do balcão e olhei ao redor. — Que bela cozinha. Era original da casa?

Peter balançou a cabeça, negando, e voltou a olhar para o prato de legumes.

— Não, meus pais acrescentaram essa parte há vinte anos. E como você pode ver, não foi mexida desde então.

Eu ri.

— Não está ruim. — A decoração era um pouco antiga, mas eu estava acostumada com casas nas quais nada mudava por um bom tempo. — Quando a casa foi construída?

— Há cerca de cem anos. Como foi o trajeto até aqui?

— Nada mal. Levei menos de duas horas.

— E você vai ficar por perto?

— Do outro lado da rua, algumas quadras para baixo em direção ao lago. Eu tive sorte. Alguém tinha reservado o chalé durante todo o mês de agosto e acabou cancelando no último minuto.

— Isso é sorte mesmo. Estamos na alta temporada aqui.

Eu admirei a maneira confiante com que ele se movia pela cozinha.

Segunda Chance -Adpt AyA [ Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora