O Açougueiro Part II

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Rafaella precisava encontrar sua bolsa antes de partir. Ela ouviu Roscoe gritando e estava se aproximando, o que significava que ela precisava se apressar.

Rafaella se esgueirou pelo armazém, não poderia ser pega novamente, não haveria oportunidade de escapar se isso acontecesse. Havia um pequeno escritório na esquina do prédio e ela apostava tudo que tinha em suas coisas lá. Havia dois caras sentados lá, ela olhou em volta e pegou um pé de cabra que estava em uma bancada ao lado dela.

Rafaella se levantou e encostou as costas na parede, batendo na porta do escritório, um dos rapazes saiu para ver o que estava acontecendo e ela o acertou em cheio no rosto. Ele caiu para a frente e Rafaella o pegou, baixando-o no chão para não alertar o outro capanga. Ela entrou no escritório e baixou a barra na nuca dele, acertando o segundo cara, ela arrastou o primeiro corpo para dentro do escritório e pegou sua bolsa.

Rafaella prendeu o coldre na cintura e tirou o silenciador da bolsa, aparafusando-o na glock. Ela rolou os ombros, pendurou a bolsa nas costas e abriu uma fresta na porta, espiou do lado de fora e viu pares de guardas patrulhando o chão, parece que a carga já estava descarregada. Rafaella sabia que precisava sair logo e todas as armas em punho pareciam a melhor opção agora.

Esgueirando-se para fora do escritório, Rafaella usou um pilar de concreto como cobertura e usou duas balas para eliminar as patrulhas que vinham de sua esquerda. Ela esperou para ver se alguém vinha investigar, mas ela permaneceu sem ser detectada, esgueirando-se para longe do pilar, Rafaella correu para o final da sala direto para mais guardas, esvaziando seu pente em ambos. Ela recarregou e continuou, ignorando o som dos gritos de Roscoe.


[...]


Gizelly estava apavorada, todo o seu corpo estava dormente. Ela nunca pensou que Rafaella fosse deixá-la, ela voltou para buscá-la,  tentou salvá- la, arriscou seu emprego por ela. No entanto, aqui estava ela, sentada na frente do "O Açougueiro" lamentando cada decisão que já havia feito e tentando desesperadamente não tremer de medo.

Gizelly deveria ter ligado, se tivesse, não estaria nessa situação agora. Ela só teria que fazer as pazes com sua decisão de merda. Ela não ia mostrar seu medo, não lhe daria a satisfação. Gizelly era uma soldado e ficaria composta até o fim.

– Então, sua amiga fugiu sem você? – Gizelly estava tentando torcer os pulsos, mas suas gravatas não estavam apertadas o suficiente para arrebentar. Roscoe já havia exigido que Rafaella fosse encontrada, mas Gizelly sabia que ela já havia partido e provavelmente havia matado metade de seus homens enquanto ela escapava.

– As coisas só vão piorar para você. – Gizelly o observou desenrolar um kit de ferramentas, escolhendo um alicate e estendendo-o, – Esses são os meus favoritos, tão afiados que quase não é necessária nenhuma força. – ele os segurou na frente do rosto de Gizelly. Ela apenas apertou a mandíbula e permaneceu forte.

Gizelly ouviu três pops suaves, Roscoe caiu em seu colo e seus capangas caíram no chão. Ela torceu o pescoço e suspirou de alívio quando viu Rafaella parada ali.

– Você realmente não pensou que eu iria deixá-la, não é? – Rafaella sorriu, empurrando o corpo sem vida de Roscoe do colo de Gizelly, agarrando o alicate que ele tinha na mão.

Rafaella tinha toda a intenção de deixar Gizelly, foi sua estupidez que a colocou nessa situação, ela poderia encontrar sua própria saída, talvez Gizelly finalmente aprendesse a ouvir, parar de bancar o herói e pense primeiro em vez de agir.

Então aquelas fotos horríveis passaram por sua mente. Rafaella não desejaria isso para sua pior inimiga - Gizelly. Claro que Rafaella teve que voltar para buscá-la,

Linha TênueOnde histórias criam vida. Descubra agora