O Assistente

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Rafaella se mexeu e estendeu a mão, atingindo o pelo macio de Jack, em vez da pele quente de Gizelly. Ela se sentou e viu a lâmpada da mesa iluminando o espaço do escritório do outro lado do patamar, ela suspirou e se levantou, acariciando a cabeça de Jack quando ele se animou. Ela desceu as escadas e subiu o conjunto adjacente em direção ao escritório de Gizelly.

– Eu pensei que tinha arrastado você para a cama horas atrás?

Gizelly podia ouvir o tom de desaprovação em sua voz.

– Sim, bem, eu não conseguia dormir e tive uma ideia que precisava verificar. – Gizelly murmurou, nem mesmo se preocupando em olhar para Rafaella. – Você tem mais informações sobre meus pais, sobre a morte de meus deles?

– Gizelly...

Ela se virou.

– Não, eu preciso saber se você tem mais alguma coisa.

Rafaella não gostou do que ela estava insinuando, ou do tom que ela estava usando.

– Eu te dei tudo que eu tinha. – Rafaella disparou de volta, ela tentou manter o controle de sua voz. Ela reconheceu facilmente a tentativa de desvio e estava tentando desesperadamente não deixar que isso a afetasse.

Gizelly rosnou e se recostou em sua mesa, debruçada sobre o computador novamente.

– Meus pais tinham um auxiliar de laboratório, tipo um aprendiz, preciso encontrá-lo. – Gizelly murmurou.

– Vou ajudá-la a olhar de manhã, apenas volte para a cama. – Rafaella implorou.

– Estarei lá daqui a pouco. – Gizelly acenou para ela. – Meus pais não tiveram a chance de publicar seu trabalho, então alguém deve ter fornecido informações à CIA...

– Querida, vamos. Você não pode continuar fazendo isso, sua mente e seu corpo não podem funcionar adequadamente enquanto você estiver privada de sono, acredite em mim. – Rafaella puxou a cadeira para longe da mesa e a girou.

– Rafaella. – Ela rosnou.

Rafaella arqueou a sobrancelha perigosamente alta, o aviso perfeito. Gizelly aparentemente estava se sentindo corajosa o suficiente para ignorá-la, ela projetou o queixo em desafio.

– Estou bem. Apenas volte para a cama, eu não preciso de você se preocupando comigo o tempo todo. – Gizelly girou de volta.

Má decisão Bicalho.

Ela girou Gizelly para trás e segurou os braços da cadeira.

– Não se atreva a me deixar de fora. – O tom cortante de Rafaella fez Gizelly se contorcer, ela olhou para seu colo. – Você está tendo pesadelos de novo, não é?

– Não, eu só- eu... – Gizelly finalmente olhou para cima, vacilando sob o olhar suave de Rafaella. – Sim. – Ela admitiu.

Rafaella se agachou e colocou as mãos nos joelhos de Gizelly.

– Por que você não me contou? – ela perguntou. Gizelly passou pelo menos uma semana com um sono tranquilo, mas assim que ela atingiu uma parede em sua investigação, as coisas claramente deram um passo para trás.

Ela deu de ombros.

– É estúpido, eu não deveria tê-los, sou uma porra de uma adulta. – Gizelly bufou de frustração.

Rafaella se levantou e a puxou contra o peito.

– Querida, está tudo bem. – Ela embalou a parte de trás da cabeça de Gizelly e deu vários beijos no topo de sua cabeça. – Isso não te torna fraco, te torna humano.

Linha TênueOnde histórias criam vida. Descubra agora