Estocolmo

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Rafaella estava de volta à base há mais de uma semana, teve seu ferimento examinado e todos os exames disponíveis para se certificar de que ela não estava sangrando internamente ou tinha algum órgão danificado. Gizelly estava certa, ela teve sorte, sua pressão arterial estava baixa devido à grande perda.

Rafaella se sentia bem agora, seu rosto estava quase curado e foi mantida em repouso na cama na última semana. Finalmente, finalmente ela estava livre para ir, ela ainda precisava manter os pontos, mas agora tinha permissão para aliviar a dor para que pudesse voltar ao serviço ativo, embora ainda precisasse ser cuidadosa.

Atualmente, ela estava sentada em briefing para mais uma missão com uma grande equipe, não era tão longa quanto o briefing de Caddel, mas ainda era chato.

Elas estavam se ramificando em segurança privada, o que Rafaella achou estranho, mas sabia que era melhor não questionar. Elas estavam disfarçadas em um trem para proteger membros da Família Real da Dinamarca. O príncipe e a princesa herdeiros viajavam de Copenhague para Estocolmo para algum tipo de encontro e receberam ameaças de morte. Rafaella voltou a se concentrar no final da reunião.

– Alguma pergunta? – perguntou Renata.

– Eu tenho uma. – Camila "Anjo Negro" Queiroz saltou. Rafaella mordeu o lábio e se virou para Manu, há uma razão para ela se chamar Anjo Negro e isso seria bom. Renata acenou com a cabeça para ela continuar.

– Se eles fazem parte da Família Real, por que estão nos usando? Eles não têm seu próprio serviço secreto ou algo que possam usar? – A melhor coisa sobre Camila era que ela dizia o que todo mundo estava pensando. Renata suspirou.

– Eles terão sua própria segurança no trem. No entanto, estamos familiarizados com a organização terrorista que fez as ameaças e, portanto, estamos mais bem equipados para lidar com isso. – Renata explicou.

– Qual grupo terrorista? – Camila perguntou.

– Você não precisa saber dessa informação. – Camila zombou e Rafaella sentou-se, é claro que precisamos saber.

– Não seria benéfico saber contra quem estamos lutando? Então saberíamos com o que estamos lidando. – Camila estendeu os braços como se fosse óbvio, ela precisava ter cuidado com sua atitude. – Olha, eu só acho que há algo que não está sendo dito. Não quero entrar nisso sem saber todas as informações. – explicou Camila.

– Você recebeu todas as informações que temos. – disse Renata com finalidade, mas Camila não podia deixar passar.

– Simplesmente não faz sentido para mim...

– Você está recusando esta missão, Anjo Negro? – Deborah explodiu e a sala ficou mortalmente silenciosa. Deborah estava encostada na porta, observando toda a situação e a mulher mais velha não parecia feliz.

– Não. – Camila disse. – Eu só quero saber, se estivermos familiarizados com este grupo, há uma chance de que um de nós seja reconhecido e toda a operação seja arruinada? – Camila perguntou, educadamente desta vez.

– Não para o nosso conhecimento, não. – disse Deborah honestamente. – Não sabemos nem se os terroristas vão aparecer, é só uma ameaça. Você poderia, potencialmente, ser paga por ficar sentado em um trem por cinco horas. – Deborah fez parecer que seria fácil, claramente aplacou Camila, ela recuou e sentou-se novamente.

Dois dias depois, Rafaella estava embarcando no trem ao lado de Manu. O príncipe herdeiro e a princesa herdeira já estavam a bordo. O trem era um antigo trem a vapor disfarçado de evento turístico para evitar suspeitas, o objetivo era parecer um grupo de turistas viajando pela Escandinávia. As portas eram guardadas por membros do serviço secreto e foram verificadas antes de serem autorizadas a entrar no trem.

Linha TênueOnde histórias criam vida. Descubra agora