Paris

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Rafaella não teve um briefing adequado para esta missão, tudo foi rápido, não muito apressado, ela se sentia preparada, porém não conseguiu conversar sobre tudo com Deborah como de costume. Ela desembarcou em Paris e foi direto para o hotel para se arrumar.

Lars Dreeson era um homem velho, que esteve no exército toda a sua vida até trair seu país e se juntar aos russos. Ninguém realmente sabia o verdadeiro motivo pelo qual ele desertou, mas Rafaella calculou que tinha algo a ver com muito dinheiro.

Rafaella descobrira que o alvo estava indo para uma festa de gala beneficente naquela noite em um salão de baile no centro de Paris. Era um lugar público com muita segurança e ninguém suspeitaria de nada desagradável, o lugar perfeito para vender informações.

Rafaella usou um lindo vestido de baile cor de vinho: ombro a ombro, decote coração e costas abertas. O corpete tinha camadas de rendas intrincadas, a saia afunilava na cintura fina e beijava o chão. Simplesmente deslumbrante, simplesmente perfeita. Rafaella puxou o cabelo para cima com uma trança intrincada e cachos soltos, escolhendo uma maquiagem escura e dramática para destacar os olhos, mas com uma cor sutil nos lábios.

Rafaella exibiu seu convite falso e deslizou escada abaixo, sentindo todos os olhares sobre ela. Rafaella prosperou sob a atenção, varrendo a sala, conversando e rindo com os outros convidados. Ela avistou o alvo dois segundos depois de estar na sala, ficou longe, apenas deu uma olhada rápida aqui e ali. Ela sabia que o comprador poderia aparecer a qualquer momento, então ela não podia esperar tanto quanto normalmente.

O alvo estava encostado na barra o tempo todo que Rafaella esteve lá, observando a sala, possivelmente procurando por alguma ameaça. Ela foi até o bar, afrouxando um brinco no caminho, entrou no espaço ao lado dele e pediu uma taça de champanhe. Ela agradeceu ao barman e se virou um pouco rápido demais, sentindo o brinco escorregar de sua orelha.

– Com licença! Com licença senhora. – O alvo tocou seu braço e ela se virou, ele estendeu o brinco que ela havia deixado cair.

– Oh meu Deus. – Sua mão voou até sua orelha. – Muito obrigada! – Ela arrancou o brinco da palma da mão dele e o colocou de volta na orelha. – Posso te pagar uma bebida? – Ela gesticulou em direção ao bar. O alvo olhou ao redor da sala e Rafaella sabia que ele iria recusar. – Ah, você está com alguém? – Ela olhou ao redor da sala. – Eu não gostaria de me intrometer.

Ele deu a ela uma sutil, totalmente óbvia olhada e sorriu.

– Uma bebida não faria mal. – Um drinque virou quatro e o Coronel estava muito bêbado, Rafaella estava rindo de alguma coisa que ele disse.

– Isso realmente aconteceu? – Rafaella riu novamente.

– Juro por Deus, escorreguei em uma casca de banana, como em um desenho animado, e quebrei meu braço em três lugares. – Rafaella riu de novo e colocou a mão no braço dele. Tudo estava correndo bem.

[...]

Gizelly também recebeu a mesma informação e desceu a escada principal, vestida com um elegante smoking preto. Sua missão particular era matar Lars Dreeson, obter a lista era um bônus, não uma necessidade. Ela puxou as lapelas de seu blazer e ajustou os punhos de sua camisa antes de caminhar pelo lugar, procurando o alvo.

A visão que ela foi apresentada fez seu sangue ferver, aquele traidor viscoso estava com as mãos em sua garota e Gizelly não estava feliz. A mão dele estava em sua cintura e sua boca estava perto de sua orelha, Gizelly rosnou querendo marchar até lá e socar sua cara estúpida. Ela olhou ao redor do chão, tendo uma ideia muito melhor.

Boa noite Madame. – Gizelly se aproximou de um grupo de mulheres e as cumprimentou individualmente. Ela se misturou facilmente ao grupo, conversando e fazendo piadas. Gizelly tocou um dos braços da convidada, Florence, e se inclinou em seu ouvido. – Esse colar é lindo.

Linha TênueOnde histórias criam vida. Descubra agora