Princesa de Victory Part II

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As partes em negrito são em outro idioma e os significados das siglas estarão no final do capítulo.


– Scotch? – Rafaella ofereceu. Gizelly aceitou o copo e sentou-se em uma das poltronas da varanda, Rafaella tirou os brincos e abriu o fecho do colar, colocando-o sobre a cômoda. Gizelly pegou sua mão.

– Eu estava falando sério sobre você vir para Victory, a guilda científica poderia usar alguém como você. – Gizelly olhou para ela, seus olhos cheios de sinceridade.

– Você poderia abrir meu zíper? – Gizelly assentiu e se levantou, ficando atrás de Rafaella. Era um convite para a ruiva, um desafio e Rafaella podia sentir sua batalha interna: entregar-se aos seus desejos ou manter-se fiel ao que lhe haviam ensinado. Rafaella sabia qual seria a decisão, era sempre a mesma. Gizelly afastou o cabelo da nuca e puxou o zíper para baixo, os nós dos dedos roçando a pele macia. Rafaella estremeceu.

– Pelo que entendi, Victory é altamente seletivo sobre quem pode entrar em seu país? – Gizelly voltou a se sentar na poltrona.

– Uma boa palavra minha e você cruzará a fronteira em um piscar de olhos. – Rafaella deixou seu vestido cair no chão deixando-a com um espartilho preto de renda e calcinha, ela foi até o banheiro e vestiu seu roupão de seda, deixando-o aberto. Algo mexeu no cérebro de Rafaella, que não parecia algo que a princesa quieta, com quem Rafaella havia passado a noite toda, diria. Pode ser o fato de que ela estava embriagada, ou agora ela estava longe de olhares indiscretos, ela sentia que poderia ser ela mesma, mas Rafaella não se encaixou bem e ela decidiu testar sua teoria.

– Ah, e o que eu teria que fazer para conseguir uma boa palavra? – Rafaella caminhou até Gizelly, balançando os quadris a cada passo, ela observou os olhos dela escurecerem.

– Venha. – Gizelly puxou-a para mais perto pelo seu roupão e Rafaella colocou um joelho de cada lado dos quadris de Gizelly e montou em seu colo. Ela jogou o cabelo para trás, longe do peito, deixando-o exposto ao olhar faminto de Gizelly.

– O que você faz para manter tanto controle sobre a fronteira victoryana? Você está no alto escalão do governo ou algo assim? – Rafaella inclinou a cabeça para o lado interrogativamente, ela esfregou as mãos no peito de Gizelly.

– Algo parecido. – Gizelly disse estendendo a mão para ajustar os óculos, mas Rafaella pegou a contração. Interessante, ela estava tecnicamente blefando, mas Rafaella sabia que tinha que agir com cuidado.

– Então, o que você quer de mim? – Rafaella demorou, brincando com a gravata.

– Você. Eu só quero você, só por uma noite. – Gizelly manteve contato visual com Rafaella, sua voz quase um sussurro, elas estavam tão próximas, os lábios quase se tocando. Ela colocou uma mão trêmula em sua coxa, quase com medo de tocar. Mas, ela fodeu tudo. Rafaella percebeu o tremor.

Rafaella começou desfazendo a gravata de Gizelly, deslizando-a de seu pescoço. Ela colocou a mão no queixo de Gizelly, acariciando a pele macia de sua bochecha. Ela roçou os lábios contra os dela e, em seguida, agarrou a parte de trás do pescoço, batendo os nós dos dedos da mão direita no nariz. Não forte o suficiente para quebrar, mas seus olhos lacrimejavam automaticamente, comprometendo sua visão por tempo suficiente para Rafaella levantar o joelho e enfiá-lo em seu diafragma, fazendo-a engasgar e gaguejar.

Rafaella a empurrou de joelhos no chão, deu um passo atrás de Gizelly e usou a gravata para estrangulá-la. A garota no chão, qualquer que fosse seu nome verdadeiro, agarrou a gravata com as duas mãos, tentando afastá-la de sua garganta. Ela ainda estava se recuperando dos primeiros ataques de Rafaella e não conseguia dominar sua força. Rafaella tinha um terreno mais alto e mais vantagem.

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