Epílogo Part I

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Gizelly pediu um último favor e conseguiu um jato para levar a equipe de volta aos Estados Unidos, ela queria levar todos para casa o mais rápido possível; além disso, eles passaram por muita coisa e um pouco de luxo não iria mal. Rafaella foi para o colo de Gizelly assim que as luzes se apagaram, ela dobrou as pernas para cima e Gizelly passou os braços em volta dela.

– Confortável? – Ela perguntou, o sorriso claro em sua voz.

Ela cantarolou e se aconchegou ainda mais nos braços de Gizelly. Rafaella ainda era frágil e delicada, mas estava convencida de que queria ir para casa assim que fosse liberada pelos médicos. Gizelly ficou de olho nela e garantiu que ela soubesse que Rafaella administraria o voo para casa.

– Me desculpe por ter te drogado. Eu só não queria que você...

Gizelly a silenciou gentilmente.

– Não importa. – Gizelly sussurrou. – Você está aqui, acabou. Gizelly a tranquilizou. – Apenas saiba, nunca mais aceitarei uma bebida sua.

Rafaella riu baixinho.

– Estou muito grata por você. – Rafaella murmurou, ela beijou a bochecha de Gizelly e encostou a cabeça em seu ombro.

Gizelly puxou um cobertor sobre elas e lhe deu um fone de ouvido, Rafaella adormeceu relativamente rápido e Gizelly se juntou a ela logo depois, os eventos das últimas semanas afetaram as duas. Elas acordaram algumas horas depois, ainda exaustas, mas não queriam voltar a dormir ainda, todos estavam dormindo e parecia que elas eram as duas únicas pessoas no mundo; alto no céu onde ninguém poderia tocá-las.

Rafaella timidamente segurou o rosto de Gizelly, ansiosa para tocá-la, mas quase com medo de que isso não fosse real e ela acordasse naquele quarto. Gizelly se inclinou totalmente na palma da mão e sorriu suavemente, Rafaella procurou seu rosto observando cada centímetro, ela cruzou os olhos e mostrou a língua fazendo Rafaella sorrir. Elas não precisavam falar para saber exatamente o que a outra estava pensando, Gizelly apertou suas testas e fechou os olhos, Rafaella se inclinou e a beijou com tanta delicadeza que Gizelly mal sentiu.

A dupla cochilou: aquele doce período entre a consciência e a inconsciência. As mãos de Rafaella continuaram a vagar: brincando com os dedos antes de subir lentamente pelos braços e ombros. Os lábios de Rafaella percorreram seu pescoço e garganta, era a única pele que ela conseguia alcançar sem muito esforço em seu estado de sono. Gizelly acariciou seu pescoço, mergulhou as pontas dos dedos sob a camisa e dançou na parte inferior das costas, desenhando padrões irracionais.

Os dedos de Rafaella subiram e desceram pelo pescoço e pelas clavículas. Com toda a loucura e incerteza dos últimos dias, ela havia esquecido que ainda estava usando o colar de Rafaella. Gizelly desembaraçou seus membros para estender a mão e soltar o colar antes de devolvê-lo a sua legítima dona. Rafaella se recostou em seus braços assim que a corrente foi presa e Gizelly não percebeu quanta paz interior isso traria para ela.

[...]

Jack praticamente se jogou do chão nos braços de Rafaella quando finalmente voltaram e foram buscá-lo. Ele era uma bola de pêlo preta e embaçada e os duas não conseguiam segurá-lo com toda a emoção. Seu rabo estava abanando com tanta força que todo o seu corpo se movia com ele.

– Viu, eu disse a você que a traria para casa. – disse Gizelly.

Jack estava em êxtase por estar de volta em casa, correndo pelo apartamento e pegando seus brinquedos favoritos. Gizelly estava em êxtase por ter entrado e encontrado um apartamento limpo sem nenhuma assassina morta. Ela cheirou o ar e havia um toque distinto de limpador industrial.

Linha TênueOnde histórias criam vida. Descubra agora